domingo, 20 de agosto de 2017

POR QUÊ?


Assim como meus pais, acredito que a melhor herança que os pais podem deixar para os seus filhos, seja a educação doméstica e formal.
Todavia, esta premissa é falsa se analisarmos as possibilidades reais que os pais possuem se moram em países como o Brasil, onde as políticas públicas mais expressivas e extensivas aos excluídos, remontam de uns 20 anos para cá.
Portanto, concluo que os brasileiros terão de esperar um bom tempo para que, de alguma forma, esta herança se expresse mais efetivamente, pois a maioria que também neste período se tornou pai, sequer tem noção da importância educacional, já que é desprovido tanto de uma como da outra.
Creio assim que todo aquele que teve a ventura de poder crescer numa família minimamente estruturada e que recebeu o privilégio de uma boa educação formal, antes de ser um crítico contumaz, se esforçasse quanto a valorização do entendimento daqueles que não tiveram as mesmas oportunidades.
Que olhem para seus umbigos e deles tirem subsídios para de forma menos partidária, egoísta e interesseira, poder enxergar as realizações do executivo, legislativo e judiciário, avaliando seus benefícios, para poderem refletir, através de suas posturas, palavras e ações, um entendimento crítico mais producente, seja lá do que for.
Quando não se tem família e escola consolidadas, resta-nos o sistema como mestre, e se este estiver danificado em sua convivência de castas, aí sim, nada engrena e tudo se transforma em caos.
Caos que atinge a todos, letrados ou não. 
O que me leva a crer que por todo o restante de minha existência, continuarei a defender ações e não partidos e políticos, já que não se formam opiniões críticas sensatas e tão pouco se colabora para uma efetiva educação cívica, sem que se valorize o reconhecimento do valor do já realizado.
Estou escrevendo justo porque tenho lido críticas ferozes tanto em relação ao Prefeito de Salvador assim como à Prefeita de Itaparica, onde de acordo com a conveniência partidária, desmerecem-se os feitos, assim como desfilam-se infinitas necessidades, levando os menos letrados a interpretações confusas ou enganosas.
Talvez por esta razão estejamos tão aquém do ideal, pois onde os educados e privilegiados, verdadeiramente, não se doam, o separatismo se mantém, castas se perpetuam e as desigualdades sociais se consolidam.

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