segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

REALIDADE- A minha e a sua.


 
Precisamos dos símbolos para que nossas mentes possam processar imagens e através delas, somos, então, capazes de formar conceitos próprios ou, simplesmente, aderir aos conceitos já estabelecidos.

Penso na realidade de cada coisa e, em como ela é variante, já que cada um de nós é capaz de enxergá-la de forma exclusiva, se bem que de um modo geral, haja um consenso perceptivo e universal.

E aí, o que é real?

A realidade é a que eu conceituo em minha mente ou a que se apresenta na formatação de um senso comum?

Ao buscar na coisa a realidade, já levo na busca a contaminação dos conceitos comuns, desta forma descaracterizando-a de uma realidade pura e simples?

Será que somos absolutamente capazes de, em algum momento, verdadeiramente enxergar, sentir ou ouvir algo de uma coisa ou de alguém sem que haja a adição comprometedora deste senso universal no qual fomos inseridos na gestação embrionária de nossas vidas, através das emoções, alimentação e da genética?

Penso nisso em todas as ocasiões em que preciso fazer avaliações precisas sobre algo ou alguém e, em todas as ocasiões, a dúvida se apresenta, levando-me a reforçar o fato que me convence de que jamais estarei avaliando corretamente, já que o prisma varia entre o senso comum e o meu, levando ainda em conta que ambos estão contaminados e com imensa possibilidade de estarem, no mínimo, defasados da realidade tal qual ela se apresenta.

O pensar, o esmiuçar os entendimentos sobre qualquer coisa, inclusive e principalmente sobre a, ainda, caixinha de surpresas que é o cérebro humano, leva-nos à certeza absoluta de que nada é definitivo, pois há sempre um ângulo que não foi observado, e isto, chama-se evolução, portanto, não creio ser sensata qualquer precipitação em relação às avaliações, pois  normalmente geram surpresas em várias dimensões quando tempos adiante voltam a ser analisadas, o que me vem garantir a não existência de surpresas e sim a constatação de ângulos não observados ou, se observados, não considerados.

Pense nisso antes de qualquer julgamento pessoal sobre isto ou aquilo e, quando o fizer, convença-se de que pelo menos para você, naquele momento, o prisma avaliativo foi seu, a partir dos conceitos adquiridos e da realidade, que você reconhece como sua e, portanto, são verdadeiros, não cabendo dúvidas e tão pouco, arrependimentos.

Pois, com a conscientização de que é possível que, no mínimo, você não tenha visto todas as possibilidades avaliativas, você eliminará a culpa do malfeito que acompanha, mesmo que inconscientemente, este ato recorrente ao cotidiano humano que é o de determinar o melhor para si mesmo.

Portanto, reavalie seus projetos para 2013, pois provavelmente existirão ângulos que você não terá observado nos seus planos e, depois, vá em frente com a garra dos destemidos, com a vontade de quem verdadeiramente pensa que sabe o que deseja viver e se pelo caminho for percebendo novos ângulos, considere-os, mas, por favor, a si mesmo, não sofra, não sinta culpas, apenas viva.

Que 2013, seja um ano em que cada um de nós seja capaz de buscar as nossas melhores realidades, verdades ou seja lá o nome que queiramos dar aos nossos desejos e necessidades pessoais.

                                                                                                         

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