Penso na
realidade de cada coisa e, em como ela é variante, já que cada um de nós é
capaz de enxergá-la de forma exclusiva, se bem que de um modo geral, haja um
consenso perceptivo e universal.
E aí, o que
é real?
A realidade
é a que eu conceituo em minha mente ou a que se apresenta na formatação de um
senso comum?
Ao buscar na
coisa a realidade, já levo na busca a contaminação dos conceitos comuns, desta
forma descaracterizando-a de uma realidade pura e simples?
Será que
somos absolutamente capazes de, em algum momento, verdadeiramente enxergar,
sentir ou ouvir algo de uma coisa ou de alguém sem que haja a adição
comprometedora deste senso universal no qual fomos inseridos na gestação
embrionária de nossas vidas, através das emoções, alimentação e da genética?
Penso nisso
em todas as ocasiões em que preciso fazer avaliações precisas sobre algo ou
alguém e, em todas as ocasiões, a dúvida se apresenta, levando-me a reforçar o
fato que me convence de que jamais estarei avaliando corretamente, já que o
prisma varia entre o senso comum e o meu, levando ainda em conta que ambos
estão contaminados e com imensa possibilidade de estarem, no mínimo, defasados
da realidade tal qual ela se apresenta.
O pensar, o
esmiuçar os entendimentos sobre qualquer coisa, inclusive e principalmente
sobre a, ainda, caixinha de surpresas que é o cérebro humano, leva-nos à
certeza absoluta de que nada é definitivo, pois há sempre um ângulo que não foi
observado, e isto, chama-se evolução, portanto, não creio ser sensata qualquer
precipitação em relação às avaliações, pois
normalmente geram surpresas em várias dimensões quando tempos adiante
voltam a ser analisadas, o que me vem garantir a não existência de surpresas e
sim a constatação de ângulos não observados ou, se observados, não
considerados.
Pense nisso
antes de qualquer julgamento pessoal sobre isto ou aquilo e, quando o fizer,
convença-se de que pelo menos para você, naquele momento, o prisma avaliativo
foi seu, a partir dos conceitos adquiridos e da realidade, que você reconhece
como sua e, portanto, são verdadeiros, não cabendo dúvidas e tão pouco,
arrependimentos.
Pois, com a
conscientização de que é possível que, no mínimo, você não tenha visto todas as
possibilidades avaliativas, você eliminará a culpa do malfeito que acompanha,
mesmo que inconscientemente, este ato recorrente ao cotidiano humano que é o de
determinar o melhor para si mesmo.
Portanto,
reavalie seus projetos para 2013, pois provavelmente existirão ângulos que você
não terá observado nos seus planos e, depois, vá em frente com a garra dos
destemidos, com a vontade de quem verdadeiramente pensa que sabe o que deseja
viver e se pelo caminho for percebendo novos ângulos, considere-os, mas, por
favor, a si mesmo, não sofra, não sinta culpas, apenas viva.
Que 2013,
seja um ano em que cada um de nós seja capaz de buscar as nossas melhores
realidades, verdades ou seja lá o nome que queiramos dar aos nossos desejos e
necessidades pessoais.
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