sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

SILENCIO CORROMPIDO

Percebi há pouco, ao passar por um certo alguém, que fiquei sem graça. O mesmo aconteceu com outro alguém, dias atrás, e como tudo tenho que analisar para entender, cá estou eu, sismemando na questão, já que ponderei, nas duas ocasiões, para mim mesma em um papo absolutamente íntimo e pessoal, que a maioria esmagadora dos cidadãos desta cidade que creram, em dado momento, estar vivenciando através deles um ato de decência em favor da cidade e de seu povo, tombaram sobre si mesmos, como eu, em um espasmo doloroso de decepção.
E aí, fazer o que, se quem pode fazer algo se cala, se retrai, fazendo crer aos demais, através de uma aparente naturalidade, que tudo está na mais perfeita ordem.
Penso, então, que não importa o quanto possamos amar esta cidade, ainda assim seremos considerados sempre "GENTE DE FORA ", metendo o nariz aonde não fomos chamados. E seguindo a linha deste pensamento, lembro da freira assassinada no norte do país, que ousou defender direitos que todos gostariam de ter, mas que só ela se dispos a defender em prol de um povo e de um ecosistema que afeta a toda uma humanidade, e, no entanto, nada mudou, além do fato irrelevante, para esta mesma humanidade, dela ter sido calada pela ação brutal dos donos do poder.
Pelas bandas de cá, tenho sido sistematicamente avisada de que a barra pode pesar de muitas formas bem distintas, mas todas absolutamente eficazes em se tratando de silenciar-me. E aí, como antes de tudo aprecio viver, principalmente nesta terra que amo, calo-me, reservando apenas o direito em lamentar todo este mal trato a ela direcionado.
Que pena meu DEUS, diria eu se nele acreditasse, mas como acreditar, frente a tantos horrores perante aos céus, praticados por tão poucos em detrimento de tantos?

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