Volto ao passado e relembro o ano em que completei 38 anos e estava no varandão da casa da Pampulha, tendo nos braços a minha linda filha Anna Paula, que naquela época tinha somente poucos meses de vida. Lá também estava a minha querida sogra Zizita e o meu Sebastião Roberto.
A tarde estava caindo e nós estávamos planejando a festa de nossos aniversários, afinal, tanto eu como Zizita, nascemos no mesmo mês de novembro, com diferença apenas de poucos dias e muitos anos. Ela era festeira, bem ao contrário de mim, mas fazer o quê, se eu a adorava e jamais medi esforços para apoia-la em suas iniciativas festeiras. Pois é, entre uma idéia e outra, visto que éramos extremamente exageradas, alguém falou em relação ao ano 2000 e eu me recordo com nitidez do quanto me pareceu longínquo, inacessível, fora do real naquele momento em que o tempo não representava um aspecto tão importante, afinal, com esta idade, quem pensa que seu tempo está passando ou que poderá não chegar em um momento determinado, pois parece que nos sentimos eternos em nossas juventudes.
É…, 2000 chegou, já se foi e estou encostando em 2010 e de repente, pensando e escrevendo sobre isso, surpreendo-me ainda mais feliz por que cheguei até aqui, saudável, alegre, repleta de vida e aí, sem querer ser estraga prazeres, estou fortemente inclinada a pensar que os próximos 30 anos, representarão um longo caminho, onde realisticamente minhas pespectivas de vida se reduzem a patamares alarmantes, se eu fosse uma pessoa preocupada e cismada, mas como não passo de uma abestalhada sonhadora, vou vivendo, sorvendo tudo que posso de bom, arrancando de minha alma todos os sorrisos e intenções amorosas, jamais rejeitando novas experiências, fazendo de verdade a cada instante uma certeza de não ter medo de de ser feliz, e aí, o que me importa se vou chegar a viver os próximos 30 anos se neste momento presente comemoro já ter vivido os meus sagrados 60 anos?
Só posso agradecer à vida, ao universo, à natureza e as milhares de criaturas humanas, ou não, que me doaram parte de suas energias, lamentando apenas as quedas irrecuperáveis de pele, de bunda e de frescor, que em bons tempos lá no passado, me ajudaram a embelezar ainda mais este planeta fantástico.
Fazer o que?
Já há muito, aperfeiçoo o meu sorriso, burilo a minha capacidade amorosa, na esperança tão somente de emprestar todo o meu potencial amoroso aos que se dispuserem a receber.
Olho, por um instante através da janela, enquanto digito meus pensamentos e me surpreendo com o meu pé de amoras que, carregadinho, parece me convidar a desfrutar da delícia de seu sabor, apenas para me lembrar que estou viva e que somente isto é que importa a cada instante.
Isto não é incrível!!
Penso, então, que a tão buscada felicidade geralmente se encontra diante de nossos olhos, olfato, paladar, ouvidos e, no entanto, sequer percebemos, porque estamos buscando-a fora de nós mesmos, e aí, bem… aí, tudo se complica, porque ficamos sem a capacidade de sentí-la. Neste momento, reafirmo a minha felicidade em estar viva, e isto é felicidade que levarei ao máximo do êxtase, pois irei saborear minhas amoras enquanto aguardo os meus amores chegarem para o almoço de comemoração neste sábado radioso, em que comemoro mais um bendito aniversário. Portanto, parabéns para mim e para cada um de vocês que participam deste blog, me apoiando a cada dia.
Um beijo bem gostoso!!!!!!!!
é regina vc tem toda razão gostoso é viver ,
ResponderExcluire viver sem medo da felicidade ou da tristeza,
e poder gozar de momentos q para muitos são corriqueiros e banáis,se esuqecendo q são as pequenas coisas q valem mais,q de pequenos detalhes q vem a diferença de viver para existir...