De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocasiões, preços muito altos, mas fazer o quê?
O jeito foi pagá-los sem chiar e sem arrependimentos...
Ontem a note, discursei sobre Jesus e como sempre, tentei colocar em pratica as referências selecionadas ao longo do dia, mas, não consegui, já que minha mente travava teimosamente, insistindo em deixar fluir as suas próprias referências, todas embasadas nas emoções vivenciadas com este mesmo Jesus ao longo dos últimos quase 23 anos de consciente convivência e da descoberta fascinante que, apesar de não o saber dantes como amigo e parceiro, já o tinha em mim desde sempre.
E ele, numa imensa paciência em tão somente esperar o exato momento deste bendito reconhecimento, onde eu sequer poderia imaginar, o quanto, dele me apaixonaria.
Isso é que é conquistador...
Deixou-me livre e solta para vivenciar o mundo...
Esperto e maquiavélico foi este Jesus que deliberadamente, ofertou-me o melhor e o pior da vida, instigando-me na busca incessante de aperfeiçoamento pessoal, fosse do que fosse, afinal, de mim, ele não queria apenas, mais uma discípula repetidora de capítulos e versículos e sim, uma amiga devotada, mas antes de tudo, apaixonada e grata pela vida que amorosamente, me havia sido ofertada.
Que amor é esse que de tão poderoso, me faz vê-lo e senti-lo por todo o tempo, através de suas grandiosas criações?
Despudoradamente a ele me entrego, dele recebendo incríveis recíprocas, mas confesso que é no mar das águas mansas e mornas da minha Itaparica, é que posso através de suas marolas, senti-lo mais intimamente e então, fechar os olhos e apenas, sorver a vida no seu mais esplendido gozo.
Penso então, que posso morrer neste instante, porque estarei levando a vida em minha alma.
Regina Carvalho- 21.11.2024 Itaparica
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