quinta-feira, 21 de novembro de 2024

ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocasiões, preços muito altos, mas fazer o quê?

O jeito foi pagá-los sem chiar e sem arrependimentos...

Ontem a note, discursei sobre Jesus e como sempre, tentei colocar em pratica as referências selecionadas ao longo do dia, mas, não consegui, já que minha mente travava teimosamente, insistindo em deixar fluir as suas próprias referências, todas embasadas nas emoções vivenciadas com este mesmo Jesus ao longo dos últimos quase 23 anos de consciente convivência e da descoberta fascinante que, apesar de não o saber dantes como amigo e parceiro, já o tinha em mim desde sempre.

E ele, numa imensa paciência em tão somente esperar o exato momento deste bendito reconhecimento, onde eu sequer poderia imaginar, o quanto, dele me apaixonaria.


quarta-feira, 20 de novembro de 2024

O DEUS QUE RESIDE EM MIM

Hoje, acordei mais estoica do que nunca e desejando ardentemente, que as pessoas pudessem compreender, o quanto são fundamentais neste mundo que afirmam ser de Deus.

Um Deus que buscam nas igrejas, sinagogas, templos e terreiros, quando, este, se encontra dentro de cada um de nós, seres criados completos com a racionalidade, justo, para com ele interagirmos.


terça-feira, 19 de novembro de 2024

ABUSADA ANÔNIMA

Neste amanhecer, como de costume, hoje, talvez mais abusadamente, penso e corro para escrever sobre assuntos esquecidos ou desconsiderados, nas gavetas das conveniências, como por exemplo, emoções que se traduzem em comportamentos que não estejam devidamente enquadrados nas caixinhas pontuais deste ou daquele seguimento.

Pra falar a verdade, existe um assunto que sempre me incomodou, justo, pela hipócrita fragilidade, com a qual, se apresenta, desde sempre.


segunda-feira, 18 de novembro de 2024

NORMAL...EU?

Amanheci pensando no quanto, nasci com o” bumbum voltado parar o céu”, já que no plano astrológico, a lua que brilhava era a cheia, que significa renovação, levando-me a crer que provavelmente por esta razão, estou sempre me variando, mesmo que aparentando uma quase inércia, já que não conduzo os meus cotidianos como a maioria.

Sou intensa e apaixonada, mas discreta e absolutamente fiel, sou alegre e descontraída, mas contida, já que meus arroubos de tão espontâneos, percebo que assustam.


domingo, 17 de novembro de 2024

SOBREVIVI...

3.30h, despertei com esta mensagem cognitiva que me fez sentar na beira da cama como em tantas outras ocasiões, onde precisei de alguns segundos para recompor-me das avalanches que ocorriam em minha vida, confundindo-se com uma sempre sensação de medo, mesclada a gratidão por ter sobrevivido.

Medo, por rever momentos aflitivos em sequências impiedosas e gratidão, por vê-los superados, sem que o brilho de meus olhos tenha se nublado, assim como, a alegria tenha deixado de existir nos meus sorrisos.

Penso imediatamente no quanto, somos cruéis, quando, no ápice de nossas arrogâncias, julgamos e condenamos alguém, baseados em suposições, meias verdades, disse me disse ou aparentes indícios, afinal, quem pode de sã consciência, afirmar que conhece verdadeiramente, alguém e suas motivações?


sábado, 16 de novembro de 2024

Como de costume, acordei com a mente a 200 por hora, numa estrada que não é a de Santos, cantada e exaltada por Roberto Carlos, mas com certeza, é boa o suficiente para me deixa deslizar a beira mar, tendo o vento marinho a arrepiar minha nuca, fazendo bailar os cabelos, num estímulo delicioso de lembranças e emoções.

Nem sempre agradáveis, mas em todas, protagonizei...


E nestas viagens cujas paisagens não se repetem, já que percorrendo serras e vales, o cheirinho da maresia e os sopros dos ventos, não se repetem, remodelando sensações a cada instante, sempre criativamente presentes, como se fossem, parte de mim, sabedores com precisão do que realmente preciso.

Devem ser...

Afinal, os sinto, até mesmo, quando quietinha sentada em minha varanda, como agora, sou transportada levemente ao encontro de meus delírios...

Benditos sentidos, fiéis amigos íntimos de minha mente que como se de criança fosse, permaneceu sempre livre para ouvi-los, sentindo-os e com eles, trafegar pelas estradas, voar pelos céus, singrar pelos mares nunca iguais, ficando o tudo mais, como sombras necessárias ou não, mas que fazem parte do sempre  deslumbrante cenário.

Que riqueza de vida, meu Deus!!!

Regina Carvalho- 16.11.2024 Itaparica

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

SEGUNDA PELE

Tudo muito parecido, no entanto, criamos fantasias mentais e de acordo com as conveniências, escolhemos uma e as vezes, mais de uma e as vestimos, fazendo delas, nossa segunda pele emocional que de tão aderente, chega a nos convencer de que somos exatamente o que ela ostenta.

E a este duvidoso convencimento, nos entregamos literalmente de corpo e alma sem medirmos as consequências e em não raros momentos, quando, geralmente não estamos sendo observados, deixamos que se afrouxe e saia de nós, deixando-nos absolutamente nus, expostos a nós mesmos.


quinta-feira, 14 de novembro de 2024

REFLETINDO

Rogo a Deus, bênçãos para a nossa cidade, compreensão para as nossas falhas e luz espiritual para cada criatura que em nossa Itaparica reside, afastando de todos, a raiva, o ódio, as mágoas, cobrindo-nos de sabedoria para que possamos alcançar os nossos objetivos, sem que precisemos agredir, difamar, ferindo a alma de quem quer que seja.

Que as vendas do orgulho, da ganância, da presunção, oriundos da profunda ignorância existencial, sejam retiradas de nossos olhos e mentes, libertando-nos do aprisionamento social de hábitos e costumes arcaicos e danosos que, até então, impediram-nos de ir mais adiante nos nossos propósitos.

E que sejamos, cada qual, uma célula sadia a nutrir o nosso espaço terreno e um reflexo vivo e transcendente de amor ao universo que nos abriga.

Regina Carvalho- 14.112024 Itaparica



quarta-feira, 13 de novembro de 2024

O VILÃO

Nesta manhã, finalmente, descobri o grande vilão que mora comigo e que até então, eu não o havia visto, mas, que com certeza, durante alguns dias, não só me intrigou como me assustou, principalmente, quando acordava antes de mim.

O barulho que provocava, lembrava-me uma ferramenta sendo batida de forma ritmada contra algo resistente, o que me fez deduzir, tratar-se de alguém, forçando, talvez, uma porta ou uma janela.

A constante violência, sempre nos leva a pensar no pior.


terça-feira, 12 de novembro de 2024

PENSO

...que já existem infinitas pessoas discursando, escrevendo e poetando dentro dos limites do politicamente correto que, afinal, não promovem outras emoções, além das que despertam as comoções isoladas e pontuais realidades, geralmente, dissociadas de uma empatia pessoal e íntima, como se cada um que lê ou ouve, não estivesse associado e propenso às mesmas experiências, sejam emocionais, psíquicas ou nas práticas cotidianas.

Daí, o absurdo volume das “surpresas”, quando, as cenas das realidades até, então, alheias, nos rondam bem próximas ou o que é impactante, se instalam em nossas acomodadas vivências.


segunda-feira, 11 de novembro de 2024

E SE...

Quem nunca se perguntou: E seu eu tivesse feito, ido, dito, isso ou aquilo, em delírios de absurdas suposições, tentando imaginar como teria sido a própria vida se suas opções tivessem sido diferentes.

Vai saber... 

Como somos generosos, indiscutivelmente, colorimos e romantizamos o que poderia, mas não aconteceu e aí, nem percebemos o quanto, minamos a nossa realidade, geralmente, desconsiderando as vitórias e os prazeres vivenciados, numa quase palpável frustração.

Todavia, também na maioria do tempo, se não fizemos, isto ou aquilo, continuamos a não os fazer, permanecendo na inércia confortável do apenas, e se...


PSIU, SEGREDO NOSSO...

Não sei você, mas eu, simplesmente não consigo arrastar a minha mente a seguir caminho, coladinha com a miha cronologia.

Houve um tempo, diga-se de passagem, bem longo, em que a sociedade na qual, eu estava inserida, exigia de mim, ações e reações que eram dela e não minhas e então, para não acirrar mais rejeições, além das costumeiras, vestia, mal e porcamente, um comportamento bizarro em relação a minha mente e alma que em nada se pareciam com a exigida.

Portanto, em certo momento, este conflito colapsou e, por não estar devidamente preparada, optei pela fuga em prol da própria sobrevivência.


domingo, 10 de novembro de 2024

A FICHA CAIU...

Essa queda não aconteceu de repente, de jeito nenhum, muito pelo contrário, afinal o processo da queda foi lento e sofrido, já que a tendência é a de sempre tentar evitar o tombo final.

Todavia, as circunstâncias em dado momento, são tão absurdamente surpreendentes que por maior que seja a rapidez em apanhá-la antes que, irremediavelmente, caia no chão, não é o suficiente e aí, só Jesus na causa em relação aos efeitos produzidos, parecendo que o mundo inteiro estava contido no peso daquela ficha e de um instante para o outro; Pumba, caiu pesadamente, levando com ela o peso do medo em vê-la desabada, sem que, nada mais seja possível fazer, além de sentir estranhamente um tremendo alívio, afinal, não era uma, mas uma infinidade de fichas, restando apenas, uma pergunta que pode se repetir por algum tempo, pois, é quase impossível querer entender o porquê, de tanta resistência em querer impedir a sua vertiginosa queda.


sábado, 9 de novembro de 2024

Quanto mais tempo vivo em Itaparica, mais me convenço do quanto tudo por aqui é maravilhoso, e se for comparar com outros locais, aí, renovo o meu convencimento de que moro num pedacinho do céu.

Tudo é fantasticamente simples e absurdamente completo, pois consegue-se, ao mesmo tempo, ter-se beleza e paz.

Quisera poder fazer com que todos ao meu redor percebessem o tudo de bom que possuem, não apenas da boca para fora, mas em forma de constante abraço fraternal.


sexta-feira, 8 de novembro de 2024

MULHERES INGÊNUAS?

O sol explode em longos fachos que a mim, parecem buscar o domínio do dia, encobrindo as telhas, as copas, distribuindo sua abrasiva quentura, enquanto, que com sua beleza nos distrai, fazendo-nos esquecer do quanto, pode queimar nossas peles, muitas vezes, sensíveis demais aos seus delírios.

Sabemos do perigo, mas é tentador e então, expomo-nos, crendo ingenuamente que resistiremos.

Ingenuamente?

Talvez, não sei...

Afinal, é tão bom senti-lo percorrendo nossos corpos, adentrando em nossas almas, preenchendo nossos desejos com infinitos gozos.


quinta-feira, 7 de novembro de 2024

¨Serenade¨

De pau pra cacete em um estalar de dedos, sem qualquer preparação mental, vou de Agnaldo Rayol a Franz Schubert e sua obra romântica,¨Serenade¨, num piscar de olhos.

E nessa inconstância, reside uma profunda fidelidade ao belo e fascinante que impulsivamente, sempre me remete ao melhor, seja lá do que for.

Assim, nesta pressa mental em correr contra o tempo que sempre me parece apressado e findo, desde que me entendo por gente, as memórias pululam, provavelmente para que eu possa buscar explicações de mim, afim de compreender o que sou. 


quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Pois é...

Estou nesta noite encalorada espichada no sofá diante da TV e sem mais porquê, começo a sorrir de mim mesma, por estar como o “Diabo Gosta “ou seja; em ótima companhia, curtindo o aroma do sabonete que impregnou o meu corpo, levando-me a cheirar os meus braços e mãos, pensando no quanto, aprecio um corpo suavemente aromatizado depois de um delicioso banho, afinal, curto me perfumar, justo, porque me amo, me aprecio e reconheço que sou uma ótima companhia pra mim mesma.

Afinal, uma pessoa que se ama e se sente confortável em sua própria companhia pode ser considerada alguém com amor-próprio elevado perigando as raias do narcisismo, mas não, afinal, todo narcisista não possui empatia e isto, é o que não me falta, aliás, até em certos momentos, a tenho em demasia.


 “NA CASA DE NOCA” ...

Acordei tendo como imagem, algumas manchas de sangue, justo, no sofá que por hábito me sento para assistir TV e se eu fosse uma pessoa “normal”, logo buscaria explicações holísticas, mas como sou apenas, uma porra louca, logo deduzi que meu subconsciente, aquele que fica esquecido, mas que é de fundamental importância na cognição de nossas emoções conscientes, provavelmente, tenha liberado, apenas um reflexo das desgraceiras sociais e humanas que infelizmente, os noticiários não se cansam em trazer ao ar por todo o tempo, numa frenética disputa de audiência, inclusive e principalmente, nas horas destinadas às refeições e descansos e aí, como forma de proteção, o consciente desconsidera, afinal, é sempre mais uma desgraça entre tantas outras, mas o subconsciente, devotado a sua função cerebral, registra e armazena e vez por outra, nem que seja por excesso de imagens e sons, libera como fez nesta manhã comigo, talvez, para que eu não esqueça que do portão pra dentro de meu paraíso, o “pau come solto por ser a casa de Noca” e que todo cuidado é pouco, afinal, se cuida desavisado, porque por aqui, exijo respeito e neguinho safado, só apronta, uma vez.

Então, me erra, me esquece, se manda malandro...

Simples assim...

Regina Carvalho- 6.11.2024 Itaparica

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PARA REFLETIR

"Enxergar a luz pessoal é buscar, sim, o conhecimento e o entendimento do diferente, extraindo dele tão somente o que é afim, reabastecendo-se e ao mesmo tempo oferecendo seu manancial de vida. Vivenciar na luz é descobrir-se a cada instante, constatando sua própria grandeza e sua própria importância, sem que para isso haja o sentimento de se sentir mais ou menos que os demais. Viver nas trevas, permitindo que o medo e suas variantes emocionais comandem sua vida, é o mesmo que determinar a mutilação pessoal, em que por ignorância total os sentidos são anulados e a mente corrompida".

A reeducação vivencial visa buscar o equilíbrio através do conhecimento de si mesmo; afinal, é preciso que a criatura não ignore a certeza absoluta de que seu corpo, sua mente e o ar que ela respira são seus únicos parceiros permanentes, literalmente inseparáveis em sua jornada de vida.

Regina Carvalho- do livro "Bebida- Muleta Existencial". editora Scortecci-2022



terça-feira, 5 de novembro de 2024

CUIDADO!!

Nesta manhã, deixei de vê-la amanhecer por pura preguiça de sair da cama, já que ao acordar no costumeiro horário, senti vontade de ficar gostosamente envolta no aconchego de minha cama, que particularmente, nesta manhã pareceu-me mais gostosa.

E aí, a mente safadamente desobediente, foi lá num certo dia do longínquo passado, onde desesperada pela solidão de estar constantemente sem o amado marido, cujo trabalho o mantinha afastado de mim, olhei para o vazio e clamei; “Deus, tudo que quero é tê-lo só pra mim em plena paz e que possamos permanecer à beira da piscina, admirando o céu e sendo absurdamente felizes”, afinal, se é pra desejar que seja abusadamente grande e repleto do que houver de melhor, (risos) da sempre safada) kkkk.


segunda-feira, 4 de novembro de 2024

CHUVERADAS DE VIDA

Enquanto, todos dormem, cá estou já devidamente dormida, curtinho prazerosamente o silêncio da madrugada que é diferente de qualquer outro, justo, por ser mais expressivo, dando a impressão de que o tudo mais, se cala como eu, só para também apreciá-lo.

E aí, a rápida chuva inesperada desaguando por sobre o jardim me faz lembrar do chuveirão que com seu jato largo e potente, desagua sobre o meu corpo, revigorando-me e a depender da época do ano, provoca em mim tremores, arrepios e longos suspiros, gozos indescritíveis de vida.


domingo, 3 de novembro de 2024

EU FIZ A MINHA PARTE

Nesta madrugada deliciosa, depois de um suave sono de seis horas, acordei pensando que verdadeiramente, sentir-se em paz, como o tudo mais, requer muita labuta e determinação para ser conquistada e usufruída e que cada detalhe conta e é fundamental, não só no percurso da conquista, quanto, em sua manutenção.

É preciso que não haja terceirização em nenhum dos momentos do processo, caso contrário, os dividendos de tamanha conquista pessoal, terão também de serem fracionados, criando-se um elo perigoso de cobranças, sempre capaz de tirar os mais profundos méritos pessoais das lutas empreendidas e isto, não pode acontecer, afinal, se nas perdas e frustrações, a criatura cognitivamente precisou induzir, mente e emoções a não desistência, por que, haveria de transferir a outros, sua superação íntima que é sempre infinitamente mais dolorosa se comparada ao tudo mais?


sábado, 2 de novembro de 2024

VIDA, POTENCIAL INIMIGO

Neste dia em que se celebra a saudade dos que partiram, acordei pensando nos que se foram, tombados pela febre infecciosa de uma tal de liberdade de direitos, justo, nesta “era” de tantas abundâncias diversificadas dos mesmos, onde definitivamente é proibido proibir, mas que paradoxalmente, também tem sido uma “era cerceadora” de toda e qualquer manifestação que contrarie o recém pré estabelecido, mesmo que seja na defesa de um primário e tradicional direito de apenas, não concordar com isto ou aquilo sem qualquer intenção ou ação seguidas do desrespeito, seja, qual for, a referência. 


sexta-feira, 1 de novembro de 2024

VIVENDO E APRENDENDO-SIMPLES ASSIM...

Acordei pensando em minha Itaparica e ao mesmo tempo, recebendo imagens mentais de outros locais deste mundo de meu Deus e, de repente, percebo que de alguma forma, todos, com raríssimas exceções se igualam em relação aos comportamentos de seus cidadãos, independentemente da época observada, não havendo expressivas diferenciações e aí, como permanecer rígida em meus achismos?

Afinal, o que acho ou deixo de achar é tão somente, a minha visão que necessariamente, não representa senão a minha interpretação pessoal, mesmo que esta, esteja embasada por grandes nomes do pensamento humano, mas até eles, deixaram em suas análises, observações de uma realidade que se por eles, não foram logicamente aceitas, com certeza, foram entendidas como realidades existentes entre o bom e o mau, o certo e o errado.


BOA NOITE!

Acordei sem nada específico para me inspirar, então, segui os hábitos matinais, sem me preocupar, aliás, é assim que conduzo minhas escritas, afinal, se as tenho vivas e pulsantes, deixo-as escoar, mas quando, acontece de não fluírem, tudo bem... 

E aí, talvez, por não forçar a barra, as vezes como agora, a luz do universo, acende uma fagulha nas brasas de minha mente e lentamente, as palavras vão surgindo e cada qual, ajudando na formatação de mais um texto., nem que eu leve o dia inteiro maturando-o.


O IMPROVAVEL

...era a tônica das avaliações em 1966 de alguns preconceituosos em relação a um mineirinho do interior, prometido desde a adolescência para a filha de um próspero fazendeiro, surpreendentemente vir namorar e ainda mais, querer casar com uma cosmopolita carioca do quadrilátero de ruas e avenidas do que existia e ainda existe de mais sofisticado em uma Ipanema (RJ), referência de uma perigosa mescla de liberdade, beleza e refinadíssima elegância de modos e costumes, reduto de personagens icônicos de autoridades a poetas.

Pois é, mas deu, até porquê, a carioca em questão, era o avesso do avesso de tudo que esperavam dela, já que com alma de passarinho, buscava com 16 aninhos de puríssima espontaneidade um apenas ninho que a aconchegasse e aí, deu no que deu, apaixonei-me loucamente pelo filhote de borboleta (apelido dado pelo meu irmão, por este, ser miúdo, enquanto, eu já ostentava um mulherão).

Aos gritos e segurando uma dúzia de ovos de primeira postura, como se fosse uma barra de ouro, irrompi porta adentro do apartamento; mamãe, mamãe, conheci o meu futuro marido e ele me deu esses ovos, depois que me levou para conhecer a granja de seu tio.

É mesmo!!! E ele já sabe disso? (rindo), pois era uma gozadora e bem familiarizada com os meus rompantes e peculiaridades, bem aos moldes de meu irreverente pai.

É claro que não, mas pode escrever... Eu me casarei com ele.

E não foi que acertei em cheio, afinal, em três meses me pediu, em seis meses noivamos e no total de um ano e dois meses, nos casamos.

Trem bom da conta, sô...

Pois é, o tempo foi passando e o safado, sem aviso prévio partiu em 2020 antes de mim, fugindo ao sempre combinado em jamais me deixar sozinha. 

Hoje, estaríamos completando 58 anos deste primeiro apaixonado encontro, onde tudo dali em diante, como previsto, se atrapalhou, quase parecendo errado, menos a nossa ardente paixão, num misto sempre renovado de irmandade e tesão, tropeços e perdões, não só de um para com o outro, mas também pela compreensão sobre liberdade em se curtir a vida, repletos de medos, mas sem a covardia da inércia. 

Nossa irmandade, em tudo passava o pano quente do bendito amparo amoroso, certos da sempre certeza de que, errando ou acertando, havíamos sido feitos um para o outro e que, não daríamos certo com mais ninguém.

Foi deliciosamente eterno, enquanto de mãos dadas, tiros, porradas e bombas, durou...

Regina Carvalho- 31.10.2024 Itaparica

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Foto tirada em 2008 em nosso reduto de absoluta paz.



ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...