Ouvindo Claude Debussy ao piano nesta madrugada chuvosa, esperançosa de um amanhecer que seja, ainda mais surpreendente que todos os demais que apreciei no decorrer de minha vida, reforçando-me o brilho maior da conscientização de que a vida se desenrola como um filme, cuja qualidade das imagens, da iluminação, do roteiro e principalmente das atuações, são minhas, não cabendo qualquer transferência de responsabilidades.
E a cada dedilhar do pianista, acompanho silenciosamente com o meu próprio dedilhar de letras, neste fantástico dueto de um novo dia, oferecendo a mim, a oportunidade em continuar a execução do meu caminhar, na composição de mais uma cena deste filme longo, repleto de suspenses, romances, risos, lágrimas e muita paixão.
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