São cinco horas desta terça feira que amanhece chuvosa, trazendo neste momento, surpreendentemente o canto do até então, sumido sabiá.
Este é o sinal evidente do renascimento se expressando através do naturalismo existencial e aí, como uma observadora contumaz, sorrio de pura felicidade, reforçando mais ainda a premissa de que, sempre valerá todo e qualquer sacrifício, quando, direcionados em prol dos nossos ideais e se estes, englobarem o bem comum, aí, meu Deus, tudo tem o seu sentido redimensionado.
Na noite de ontem, Itaparica foi palco de uma das expressões mais bonitas da capacidade de grandeza que o ser humano tem reservado em si e para todos que verdadeiramente pensam, discutem e insistentemente cobram mudanças de posturas dos políticos de nossa cidade, foi possível testemunhar um grande exemplo de conciliação sem qualquer pudor, sem medo de ser feliz.
Em 2004, meu Roberto e eu, começamos a acompanhar enquanto, profissionais da imprensa, as passadas do gestor Claudio Neves que, havia a pouco tomado posse e aos poucos, fomos nos aproximando bem devagar daquele grandalhão de fala imponente, atitudes fortes até então, inéditas em se tratando de administração pública, que trouxera um grupo relativamente pequeno de colaboradores que mais pareciam idólatras do mando implacável daquele homem, afinal, sua equipe de trabalho, não tinha , sábado, domingo, feriado ou dia santo, horário então, nem sonhar, afinal, o sujeito parecia que não dormia, era uma verdadeira máquina de produção e ao mesmo tempo, conversando com os mesmos, também pudemos constatar a paixão que eles nutriam por esta criatura, seguindo-o por onde fosse, sempre numa fiel parceria.
Os anos se seguiram e fomos naturalmente nos aproximando e mais e mais entendendo a importância do homem que se propôs a cuidar do bem público. Essa é uma tarefa para poucos, não cabe improvisação, muito menos a banalidade.
A seriedade e o espirito de coletividade, precisa ser a baliza constante de cada ação, exigindo, humildade para ouvir, grandeza para dividir as luzes dos holofotes, consciência de não trazer para si, benécias que por direito é só do pertencimento do povo, visão para abrir espaço para seus colaboradores para que se sintam motivados a criarem seus próprios mecanismos de realizações e mais uma vez grandeza, em reconhecer seus próprios erros, em demonstrações gigantescas de sabedoria.
Para os menos emocionalmente apaixonados em suas avaliações, ontem na live promovida pelo canal PP da sempre polêmica Tereza Valadares, foi possível constatar-se a fantástica e inédita experiência de assistirmos por duas horas, uma demonstração pública do que o nosso Brasil e, principalmente a nossa Itaparica, tanto precisa para deixar de ser a terra do JÁ TEVE.
A retórica JUNTOS SOMOS MAIS FORTES, até então, restringia-se aos pares de pensamentos e posturas iguais, como um mantra falacioso sem qualquer realidade pratica ou pelo menos verdadeira, mas ontem, esse mesmo homem, numa demonstração histórica de amor a Itaparica, mostrou com sugestões, exemplos próprios, críticas embasadas e ideias progressivas que esta, pode ser a grande solução para que em médio e curto prazo, a cidade vir, finalmente dar a partida do tão necessário desenvolvimento humano, econômico e social, deixando no patamar de menor importância as diferenças partidárias, as mágoas pessoais, os profundos critérios das aplicações diferenciadas do mecanismo operacional, até então apresentadas, mostrando literalmente que é possível, juntar-se talentos com vontade política e juntos, tornarem-se mais fortes na construção de uma cidade progressista, mas acima de tudo humana, onde, indiscutivelmente, todos ganham.
Como cidadã Itaparicana e como parceira de sonhos e lutas, curvo-me a este grande líder, agradecendo os ensinamentos e por todas as intenções e ações que meu Roberto e eu, viemos testemunhando ao longo destes 16 anos de convivência e que culminou na noite de ontem, onde fui testemunha ocular da grandeza humana.
Juntos sempre seremos mais fortes, por que pelo caminho vamos deixando cair por terra, a nossa vaidade, o nosso egocentrismo, expressada no egoísmo e na covardia de termos ao nosso lado apenas, aqueles nos aplaudem. Conviver com o diferente até muitas vezes o contrário é um talento extra que poucos conseguem exercitar na pratica de suas vidas.
Portanto, no dia de hoje em que meu Roberto faria 77 anos, com certeza o canto do até então distante sabiá, materializou-me na inspiração desta homenagem a Claudio Neves, porque afinal, nos dois, sempre juntos fomos ao longo do tempo vivenciando o prazer da convivência com o empresário, o chefe de família, o amigo, o patrão, o líder político, mas acima de tudo com um homem que conseguiu ser grande por saber dividir o seu espaço e dizer quando necessário: ME AJUDE POR FAVOR, PORQUE EU NÃO SEI...
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