De repente, como uma máquina caça níqueis, minha mente abriu-se à premiação e dela jorrou incessantemente centenas de moedas de conscientização que sequer fui capaz de amparar com o meu consciente.
Não importa quantas vezes eu tenha ido arriscar a sorte, quanto tenha sido o meu investimento, buscar a sorte grande era o objetivo e quando, finalmente ela chega, não estou preparada e choco-me.
Assim são as decepções, por mais que saibamos que o provável engano existe, tentamos obstinadamente, na esperança das tão sonhadas possibilidades, até que, para surpresa nossa, em um só momento, a sorte aparentemente nos sorri, deixando fluir uma avalanche de moedas, nada mais que chocolates de vários sabores, conscientizando-nos do sempre engano e da perda dos muitos investimentos que fizemos, sem verdadeiramente, nada mensurarmos.
As pernas se dobram e de joelhos, sentimos que precisamos agradecer a Deus por ainda termos alguns trocados, para mesmo desiludidos e alquebrados, voltarmos para casa.
A cegueira que o idealismo cria, turva o óbvio, abrindo espaço para a desilusão que faz doer.
Ainda bem que sobraram moedas para voltarmos para casa...
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