sábado, 3 de abril de 2021

APENAS ATENÇÃO


Tenho uma linda amiga em São Paulo que postou no dia de ontem, a alegria de um de seus momentos ao lado de seus filhos e imediatamente, levou-me a navegar em meu passado e encontrar as mesmas alegrias, através de uma infância incrivelmente maravilhosa, numa época em que as “coisas” não tomavam o lugar do aconchego da atenção amorosa de uma mãe.



Aonde a figura masculina do pai, era quase que sagrada o que não o impedia de no chão da sala, tornar-se como meu pai o fez por tantas vezes, um cavalinho para que eu pudesse montar, arrancando de mim, risos de genuína felicidade a cada galope que provocava com o mover de seu corpo.
Os avós, tios e primos, tinham fundamentais representatividade na estrutura familiar, sem perder a ternura e o sentido mais consistente de valores na forja do psíquico e emocional das crianças.

O mundo mudou, os valores foram se adaptando e a maioria se perdendo em meio a uma parafernália de coisas e informações diversificadas que sequer oferecem tempo e condições de serem assimilados, apenas consumidos sem qualquer critério.
Felizes fomos nós que vivemos outros tempos e que não sucumbimos diante das infinitas novidades e ainda fomos e somos, capazes de achar tempo em meio a loucura deste sistema, para dedicarmos aos nossos filhos a bendita atenção, presente que será sempre inesquecível nas suas mentes e emoções, formando assim um cordão de resistência que atravessa épocas e modismos, garantindo que o amor, a fraternidade e o senso avaliativo seja lá do que for, não se perca ou simplesmente morra na bendita alma do mundo.
Este pequeno texto dedico a querida amiga Livia De Campos Benedicto e a todas as mulheres que como pilares de suas famílias, mesmo tendo que enfrentar as duras batalhas da sobrevivência, ainda encontram tempo de semearem o amor, único e soberano valor que sustentará e balizará os quereres de seus filhos.


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