E então,
depois de dobrarmos infinitas vezes os nossos joelhos, mesmo que apenas mental,
o que é ainda mais forte e representativo para o universo, nos vemos recebendo
os nossos aflitivos pedidos e logo em seguida, não só buscamos novas prendas
desse Deus presenteador, como encostamos o já recebido, dando-lhe a condição de
segundo escalão em nossas avaliações.
E neste
poupurri de pedidos e recebimentos, a maioria das prendas recebidas, passa a
pesar assustadoramente e o que foi um ardente desejo e uma glória recebida, nos
flagela silenciosamente, tirando o brilho de nossa, aí sim, liberdade
existencial.
Mas o que
fazer se nos sentimos compelidos a desejar?
O que fazer,
se não sabemos avaliar os nossos quereres?
Neste
atípico ano de 2020, que ora vai terminando, levando consigo uma significativa
parte desta humanidade, deixando parte de outra, chorosa, amedrontada ou
simplesmente alienada, já nada podemos remediar.
No entanto,
podemos muito naquele que em breve chegará, começando por exemplo por uma busca
de perdão pessoal, pela imensa estupidez que podemos descortinar em nós, se
pararmos por alguns instantes para refletirmos sobre o já vivido e o que desta
vivência nos restou de relevante e significativo para a nossa existência.
Para você
que dedicou diariamente a sua atenção aos meus escritos, posso garantir, não
haver nada melhor e mais leve para eu levar para 2021, ficando as dores das
perdas e os medos, tão somente como uma somatória de aprendizado que levarei
comigo, não como um peso extra, mas como um abre alas desbravador de novos e
surpreendentes instantes futuros de vida, onde o equilíbrio a razão e amor,
permanecerão como inspirações universais.
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