sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

MARGENS SEGURAS


Quão diferentes nós somos e como somos afins...

Esta foi a frase que li em minha mente, tão logo despertei nesta manhã de verão e como de hábito, lá estavam alguns amigos que na noite anterior deixaram lindas mensagens para mim e dentre eles, alguns homens maravilhosos que sempre encontram uma palavra de carinho para oferecer a esta senhora que ainda com passos incertos, pisa insegura numa nova caminhada, onde não há mais a presença das constantes margens que me garantiram absoluta contenção às minhas transformações que foram muitas, nem sempre suaves, nem sempre tranquilas, amigas e parceiras que serpentearam o traçado de meus caminhos pelas veredas, montanhas e planícies desta minha esfuziante trajetória de vida e liberdade.

Lindos e poderosos homens que na fortaleza da estrutura de suas próprias fragilidades pessoais, sempre foram resistentes as tormentas que pudessem vir a violar as minhas águas.

E pensar que sempre fomos tão diferentes... Eu movimento ininterrupto, eles tão somente, a fortaleza de suas estruturas.

Benditos homens margens que me forjaram no silêncio de suas parcerias.

Benditos homens que do aparente nada, vejo surgir amparando os meus volumes, águas rebeldes de uma natureza inquieta.

Benditos homens, margens seguras de meus caminhos...

A eles, a fidelidade do meu respeito e a gratidão com a minha sempre transparência, na certeza absoluta da afinidade que nos mantém unidos pelos caminhos vivenciais.

Benditos homens, sem os quais, minhas águas secariam...

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