Das profundezas do meu inconsciente, brotam lembranças que arquivadas desordenadamente sem datas ou qualquer outro critério, apenas explodem em meu consciente cansado devido a profusão das infinitas emoções, sentidas.
Num vai e vem de sentimentos, lá estão as imagens de
momentos breves, mas que pareceram longos e alguns, talvez tenham sido, mas que
absolutamente soltos em meio a épocas
distintas, mais parecem sonhos ou pesadelos em forma de recortes de uma
história, hoje indiferentes, como se eu, não os tivesse vivenciado.
Fantasmas ou apenas sombras que se esconderam nos recôncavos
de minha mente, esperando o momento propício para se fazerem notar, num astuto
lembrete de que tudo passa, tudo sempre passará, tornando-se recortes de uma, tão
somente vida.
E como um corpo em constante transformação, a mente
acompanha os sempre atuantes sentidos, abrindo portas, descerrando janelas,
deixando ventos turbulentos e brisas amenas adentrarem, para que não sejam
esquecidas, as infinitas tatuagens que desenharam a mulher que ora sou, tão solta a bailar em
meio ao estranhamento das inúmeras diferenças, quanto as pontuais, mas também,
infinitas lembranças.
E aí, o que fomos ou o que seremos se funde magicamente, no
que sou agora.
E o que sou, senão tão somente, um grão de areia, nesta
praia paradisíaca que é a vida.
O sono é como um tranquilo mar que em forma de sucessivas e
suaves marolas, deita-se sobre as areias, beijando-as e, como um bendito grão,
sinto-me beijada também.
Boa noite ou será, bom dia?
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