segunda-feira, 21 de setembro de 2020

SEMPRE MUITO DIFÍCIL...


O computador já havia sido fechado e o celular colocado para carregar, rotina noturna que antecede o momento bendito do descanso que hoje, fora dos padrões aconteceu às 22.30 hs.

Nenhuma novidade se não fosse um absurdo vindo de mim, já que meu reloginho biológico dispara o alarme no máximo as 21 horas.

Mas como dormir, se não me fiz entender?

Será que não entenderam ou tão somente, é mais fácil me condenar por expressar as dúvidas que vão além de minha percepção, mas que por infinitos motivos, impede que outros questionem, fazendo-os permanecerem silenciosos com a permanente cara de paisagem?

Claro que o momento político é uma seara de controvérsias e é neste cenário que a confusão se instala, no anseio desmedido de desviar focos que, verdadeiramente são importantes.

Cada um de nós, na liberdade que supostamente a Democracia oferece, opta na escolha de um lado, mas será que optamos ou tão somente, porque a lei eleitoral exige, e aí, de acordo com as circunstâncias, nos aliamos com A ou com B, mas também por conveniência, permanecemos como pássaros solitários voando de galho em galho das omissões, apenas apreciando o movimento dos candidatos a majoritária no jardim?

Como candidata a vereança, mais cômodo seria cuidar de minha candidatura, já que tenho um grupo definido e por expertise de sobrevivência, nada questionaria, afim de  em um breve futuro, quando a somatória dos votos revelar a realidade do executivo, estar de bem também com o eleito e dele colher o meu quinhão, num bailado hipócrita em que se transformou a política aqui ou em qualquer outro lugar.

Mas eu também poderia agarrar-me loucamente ao líder de meu grupo e com sua bandeira partidária flamulando, fazer dela uma brutal arma de constantes ataques aos seus opositores, machucando amigos e conhecidos com a desculpa de que a “culpa é do processo do momento” ou que, “política é assim mesmo”.

Pois é, mas preferi em todas as ocasiões de minha vida, não trair meus valores e aí, bem... Minha conta bancária fala melhor por mim.

Rapaz ... Como é difícil manter a coerência de posturas em relação aos discursos.

Como é quase impossível sobreviver sem feridas dolorosas, oriundas da descrença quase que generalizada, desta tal de ética que nos discursos é aplaudida, mas amplamente rejeitada quando, aplicada à prática.

Sem esquecer do quanto somos considerados babacas, fracassados e o escambau, já que não ostentamos cargos, títulos e prosopopeias mil.

Como  fazer entender que alhos nada tem com bugalhos e que o fato de se apreciar um alguém, em momento algum transforma o apreciador em um aniquilador da lógica do bom senso ou em alvará permissivo, para que os olhos da mente se fechem ao inadequado que o mesmo ostente por acaso, escolha ou porque na política, tudo é permitido?

Fala-se muito em mudanças desde que me entendo por gente e até o momento em termos morais e éticos, elas existiram sim, mas infelizmente sempre em escala descendente e quando, o assunto é política, não há qualquer limites nos propósitos em infringi-la, pois até as leis se moldam as absurdas aberrações posturais, o que dirá o povo na sua sempre alienação e vocação submissa.

Penso que é difícil, limitador em quase todos os aspectos sistêmicos e solitário, mas com certeza é a única forma de um alguém se sentir verdadeiramente livre e isto, posso garantir é o mais poderoso elixir, capaz de garantir a paz.

E aí, adoro ouvir que gostam do que escrevo, pois, infla o meu ainda vaidoso ego, mas sabedora lúcida de que, naturalmente, minhas palavras estejam tão somente aplaudindo.

Na altura de meus muitos anos vividos e com a dor da perda que ora sinto, não haveria de entrar nesta empreitada difícil e viciada, na tentativa de galgar uma cadeira na Câmara de Vereadores, traindo os meus valores e enganando em quem em mim deposita, uma certa confiança, justo pelo que escrevo e falo e que, apenas espera de mim, DIGNIDADE JÁ!

Agora, finalmente, posso descansar. Boa noite!!!

 

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