Estou aqui
pensando que não é gratuita a violência que tem nos assolado de todas as formas
possíveis, afinal, ela é o troco maldito de nossas compras constantes e desregradas.
Acusamos uns
aos outros, discordamos sem ponderar, amamos sem critérios, desconfiamos sem
causas evidentes e matamos se somos contrariados.
Transformamos
as redes sociais em válvulas de escapes de nossos infernos íntimos, fazemos de
nossos semelhantes sacos de pancadas e escondemos as traves de nossos olhos,
apontando freneticamente os ciscos alheios.
Nos sentimos
guerreiros combatendo o mal, num endeusamento doentio, onde somos Deus e o
Diabo ao mesmo tempo, onde gritamos por justiça e por ela nos tornamos vítimas e algozes.
Pouco mudou
em nós, apesar das muitas evoluções. Afinal, continuamos escravos da insistente
insanidade.
Vaidade sorrateira,
arrogância camuflada.
Humildade
produzida com as folhas secas da insensatez.
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!” – Castro Alves
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!” – Castro Alves
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