De quando em
quando, o sistema traz à tona expressões até então desconhecidas da grande
massa e as mídias as colocam em evidência nos diálogos de atores e jornalistas,
transformando-as em corriqueiras, quando na realidade poucos são aqueles que
verdadeiramente sabem seus reais significados.
Atualmente,
palavras como polarização, extremismo, resiliência e fascismo, tornaram-se
banais, todavia, se por algum motivo a pessoa que a pronuncia precisar explica-la
é possível constatar-se os equívocos que advirão e que a meu ver, hoje e
sempre, foram grandes responsáveis quanto ao desenvolvimento cruel do preconceito
social que é tão sério e danoso quanto o preconceito cultural que abraça hábitos,
costumes, cor, gênero etc., alastrando-se como rastilho de pólvora, sem
qualquer lógica maior que a indução midiática.
O bom senso,
a gentileza, os bons hábitos e a curiosa generosidade individual em querer
entender seja lá o que for, tem sido substituído por midiáticas expressões, que
imediatamente cortam qualquer possibilidade de discussão sadia que, ao longo da
história da humanidade, fez crescer mentes e entendimentos, revolucionou
costumes e manteve acesa a chama do saber.
Penso que a
ironia cruel é que jamais em tempo algum, a humanidade teve a seu dispor tantos
mecanismos de aprendizado, mas que, mesmo assim, prefere a instantaneidade que
pouco ou nada retém e que estimula um “parecer de sabedoria frouxa e sem conteúdo“,
que limita e cria falsos entendimentos que “parecem, mas não são reais”.
O apenas “parece”,
jamais representou o real, o consistente, o evolutivo.
Pensemos
nisso, professores, mestres e doutores, antes de virmos para as redes sociais agredindo
desnecessariamente este ou aquele, numa polarização sem nexo e desprovida de
qualquer intenção resiliente que é necessária, até mesmo para apaziguar
extremistas e fascistas.
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