sábado, 17 de novembro de 2018

PALAVRAS QUE SE TORNAM ARMAS.



De quando em quando, o sistema traz à tona expressões até então desconhecidas da grande massa e as mídias as colocam em evidência nos diálogos de atores e jornalistas, transformando-as em corriqueiras, quando na realidade poucos são aqueles que verdadeiramente sabem seus reais significados.
Atualmente, palavras como polarização, extremismo, resiliência e fascismo, tornaram-se banais, todavia, se por algum motivo a pessoa que a pronuncia precisar explica-la é possível constatar-se os equívocos que advirão e que a meu ver, hoje e sempre, foram grandes responsáveis quanto ao desenvolvimento cruel do preconceito social que é tão sério e danoso quanto o preconceito cultural que abraça hábitos, costumes, cor, gênero etc., alastrando-se como rastilho de pólvora, sem qualquer lógica maior que a indução midiática.
O bom senso, a gentileza, os bons hábitos e a curiosa generosidade individual em querer entender seja lá o que for, tem sido substituído por midiáticas expressões, que imediatamente cortam qualquer possibilidade de discussão sadia que, ao longo da história da humanidade, fez crescer mentes e entendimentos, revolucionou costumes e manteve acesa a chama do saber.
Penso que a ironia cruel é que jamais em tempo algum, a humanidade teve a seu dispor tantos mecanismos de aprendizado, mas que, mesmo assim, prefere a instantaneidade que pouco ou nada retém e que estimula um “parecer de sabedoria frouxa e sem conteúdo“, que limita e cria falsos entendimentos que “parecem, mas não são reais”.
O apenas “parece”, jamais representou o real, o consistente, o evolutivo.
Pensemos nisso, professores, mestres e doutores, antes de virmos para as redes sociais agredindo desnecessariamente este ou aquele, numa polarização sem nexo e desprovida de qualquer intenção resiliente que é necessária, até mesmo para apaziguar extremistas e fascistas.


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