O dia sequer
amanheceu por completo e já me sinto desperta como uma criança que não pode
esperar para dar início as suas estripulias e no meu caso em particular,
centrou-se numa necessidade absurda em escrever tudo quanto pulula na mente
como se dela quisesse escapulir.
Quando eu
era criança, contava minha mãe que eu falava enquanto dormia à noite, tudo
quanto vivenciara no dia e que, portanto, dizia ela:
- “Cuidado, pois se mentir para mim,
à noite saberei a verdade”.
Quem disse
que mãe também não sabe ser cruel?
O relutar em
dormir, nada mais era que o medo de falar demais e ser apanhada numa mentirinha.
Que coisa,
viu...
Mais tarde
descobri que se escrevesse bastante, além de pintar o sete, meu sono seria
tranquilo e, assim, o hábito se formou e o tenho até hoje, começando cedo a
despertar a mente, fazendo dela minha fiel aliada, a fim de que nada,
absolutamente nada, passe batido ou se transforme num apenas parece isso ou
aquilo, que mais tarde possa se transformar numa falsa realidade, passível de
ser falada ou cobrada, enquanto durmo ou mesmo quando me distraio.
O apenas “parece”,
jamais representou o real, o consistente, o evolutivo.
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