MERGULHO EM SI MESMO
...
Moldar um
barro cru ou uma pedra virgem, será sempre mais fácil e criativo que restaurar
um velha e danificada peça, seja ela de qual material for.
A tarefa
primeira de toda criatura é consigo mesma, pois a partir de si, o tudo mais irá
se aperfeiçoando, já que suas vibrações e presença, seja física, vibracional ou
escrita será sempre um motivador, um restaurador e no mínimo um estímulo.
E com o
mesmo carinho que deve ter com a certeza de sua colaboração evolutiva aos
demais, vigie a soberba, que é sempre uma parceira inadequada, mas sorrateira o
suficiente para adentrar nas almas dos mais humildes e bem-intencionados.
Toda
manifestação de raiva e decepção é um ato de vaidade, afinal, a criatura pensa:
- Como pode
isso estar ocorrendo comigo?
Achar-se
imune e soberana às intempéries da convivência é e será sempre a forma mais
camuflada da vaidade dominar com a sua disfarçada presença.
Um ser
equilibrado, racional e emocionalmente compreende que está exposto ao tudo mais
e que, eventualmente, poderá ser alvo desta ou daquela pessoa, cujo domínio das
atitudes e emoções estão além de sua capacidade em apaziguar.
Afinal, se
diz que respeita aos demais, como não compreender sua forma de ser e de pensar?
Percebe a
primeira e grosseira incoerência?
Compreender,
não significa aceitar e muito menos conviver, todavia, o respeito deve existir,
até para que entre um e o outro, o vazio que se forma tenha trânsito livre para
ambos em qualquer outro momento.
Quando
reconhece a razão do outro pensar, resguardando o seu próprio, cria-se um elo
vibracional de ambos com o tudo mais, ficando a pontual diferença apenas como
registro de que não são compatíveis, mas não necessariamente inimigos contrários.
Se observar,
tudo é simples, objetivo, sem perder o foco do equilíbrio, da razão e do amor.
Assim, a
tarefa de cada criatura não deve ir além da doação, não se lamentando por esta
ou aquela pessoa não conseguir compreender algo da mesma forma que ela, mesmo
que a lógica seja absurdamente clara.
Percebe a
sutileza do respeito aos demais em suas formas de ser e de pensar?
Enquanto a
criatura se preocupa com o não entendimento alheio, alimenta em si a
incompreensão em relação às diferenças.
Portanto, a
criatura deve se preocupar tão somente com a doação de seus conhecimentos,
deixando aos demais a tarefa de absorver às suas possibilidades ou não.
É simples,
mas a olho nu é complexo para o leigo.
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