quinta-feira, 8 de novembro de 2018


MERGULHO EM SI MESMO ...
Moldar um barro cru ou uma pedra virgem, será sempre mais fácil e criativo que restaurar um velha e danificada peça, seja ela de qual material for.
A tarefa primeira de toda criatura é consigo mesma, pois a partir de si, o tudo mais irá se aperfeiçoando, já que suas vibrações e presença, seja física, vibracional ou escrita será sempre um motivador, um restaurador e no mínimo um estímulo.
E com o mesmo carinho que deve ter com a certeza de sua colaboração evolutiva aos demais, vigie a soberba, que é sempre uma parceira inadequada, mas sorrateira o suficiente para adentrar nas almas dos mais humildes e bem-intencionados.
Toda manifestação de raiva e decepção é um ato de vaidade, afinal, a criatura pensa:
- Como pode isso estar ocorrendo comigo?
Achar-se imune e soberana às intempéries da convivência é e será sempre a forma mais camuflada da vaidade dominar com a sua disfarçada presença.
Um ser equilibrado, racional e emocionalmente compreende que está exposto ao tudo mais e que, eventualmente, poderá ser alvo desta ou daquela pessoa, cujo domínio das atitudes e emoções estão além de sua capacidade em apaziguar.
Afinal, se diz que respeita aos demais, como não compreender sua forma de ser e de pensar?
Percebe a primeira e grosseira incoerência?
Compreender, não significa aceitar e muito menos conviver, todavia, o respeito deve existir, até para que entre um e o outro, o vazio que se forma tenha trânsito livre para ambos em qualquer outro momento.
Quando reconhece a razão do outro pensar, resguardando o seu próprio, cria-se um elo vibracional de ambos com o tudo mais, ficando a pontual diferença apenas como registro de que não são compatíveis, mas não necessariamente inimigos contrários.
Se observar, tudo é simples, objetivo, sem perder o foco do equilíbrio, da razão e do amor.
Assim, a tarefa de cada criatura não deve ir além da doação, não se lamentando por esta ou aquela pessoa não conseguir compreender algo da mesma forma que ela, mesmo que a lógica seja absurdamente clara.
Percebe a sutileza do respeito aos demais em suas formas de ser e de pensar?
Enquanto a criatura se preocupa com o não entendimento alheio, alimenta em si a incompreensão em relação às diferenças.
Portanto, a criatura deve se preocupar tão somente com a doação de seus conhecimentos, deixando aos demais a tarefa de absorver às suas possibilidades ou não.
É simples, mas a olho nu é complexo para o leigo.

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