sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

O LEGAL, QUE É IMORAL...


Faço um enorme esforço em não me expressar como se minhas premissas possam ter a conotação de verdades absolutas, portanto, mesmo sendo uma pessoa extremamente emocional, busco embasar meus comentários além da simples opinião, afinal, são bem distintos nos seus conceitos.
Estamos vivenciando anos difíceis de convivência em todos os níveis e muito destas dificuldades advém do excesso de liberdade que os meios de comunicação nos propiciam, abrindo na mente de todos nós infinitas oportunidades de expressarmos sobre qualquer assunto, algumas vezes com uma veemência de alguém com profundos conhecimentos, quando na realidade, por ouvir falar ou até mesmo vivenciar, traçamos opiniões pessoais, sem qualquer maior embasamento que sustente uma discussão sadia em meio aos naturais contraditórios.
Fala-se muito em imparcialidade, mas sinceramente, não acredito que sejamos capazes de tê-la, pois em tudo que fazemos, colocamos os nossos sentimentos e emoções, por mais “lógica” que venhamos a colocar na nossa mente.
Bem, toda esta introdução tem como objetivo a busca de um entendimento em relação ao que constatei, nesta manhã, quando em visita ao HGI, que se encontra em reforma e num ritmo acelerado.
Só queria entender por que funcionários da Prefeitura estão prestando serviço à SESAB e ao Instituto Fernando Filgueiras – ou à Fundação José Silveira -, quando deveriam estar atuando nas comunidades, consertando ruas, num aproveitamento do sol pleno em ritmo acelerado como prevenção ao inverno que se expressa em chuvas em nossa região e que não tarda em chegar.
Naturalmente, tenho certeza que esta boa vontade da gestão em relação ao HGI está rigorosamente amparada nas leis, mas, será moralmente certo, já que esta obrigação não cabe ao Município?
Não ter-se-ia outra forma de colaborar com um governo que nos deixou a ver navios por tanto tempo e por uma empresa que ganhará política e financeiramente muito bem?
Pessoalmente, gosto da ideia de poder voltar a ter esperança de dias melhores em relação ao Hospital, mas, também triste, por constatar, mais um exemplo que de nem sempre o legal é rigorosamente moral e que, provavelmente, este vício comportamental de se confundir valores é que nos trouxe a este atraso em quase todas as áreas, abrindo espaço para as inadequações sociais e políticas que nos mantém reféns da falta de ideologias que, sem dúvidas, fundamentam ideias e ideais.
Eu só queria entender...



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