Faço um
enorme esforço em não me expressar como se minhas premissas possam ter a
conotação de verdades absolutas, portanto, mesmo sendo uma pessoa extremamente
emocional, busco embasar meus comentários além da simples opinião, afinal, são
bem distintos nos seus conceitos.
Estamos
vivenciando anos difíceis de convivência em todos os níveis e muito destas
dificuldades advém do excesso de liberdade que os meios de comunicação nos
propiciam, abrindo na mente de todos nós infinitas oportunidades de expressarmos
sobre qualquer assunto, algumas vezes com uma veemência de alguém com profundos
conhecimentos, quando na realidade, por ouvir falar ou até mesmo vivenciar,
traçamos opiniões pessoais, sem qualquer maior embasamento que sustente uma
discussão sadia em meio aos naturais contraditórios.
Fala-se
muito em imparcialidade, mas sinceramente, não acredito que sejamos capazes de
tê-la, pois em tudo que fazemos, colocamos os nossos sentimentos e emoções, por
mais “lógica” que venhamos a colocar na nossa mente.
Bem, toda
esta introdução tem como objetivo a busca de um entendimento em relação ao que
constatei, nesta manhã, quando em visita ao HGI, que se encontra em reforma e
num ritmo acelerado.
Só queria
entender por que funcionários da Prefeitura estão prestando serviço à SESAB e ao
Instituto Fernando Filgueiras – ou à Fundação José Silveira -, quando deveriam
estar atuando nas comunidades, consertando ruas, num aproveitamento do sol
pleno em ritmo acelerado como prevenção ao inverno que se expressa em chuvas em
nossa região e que não tarda em chegar.
Naturalmente,
tenho certeza que esta boa vontade da gestão em relação ao HGI está rigorosamente
amparada nas leis, mas, será moralmente certo, já que esta obrigação não cabe
ao Município?
Não ter-se-ia
outra forma de colaborar com um governo que nos deixou a ver navios por tanto
tempo e por uma empresa que ganhará política e financeiramente muito bem?
Pessoalmente,
gosto da ideia de poder voltar a ter esperança de dias melhores em relação ao Hospital,
mas, também triste, por constatar, mais um exemplo que de nem sempre o legal é
rigorosamente moral e que, provavelmente, este vício comportamental de se
confundir valores é que nos trouxe a este atraso em quase todas as áreas,
abrindo espaço para as inadequações sociais e políticas que nos mantém reféns
da falta de ideologias que, sem dúvidas, fundamentam ideias e ideais.
Eu só queria
entender...
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