sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Sons e silêncios

O dia mal tinha amanhecido e ainda deitada com os olhos fechados, percebi sem qualquer intenção premeditada os sons da vida que aos pouquinhos começavam a se expressar, ocupando os sons do silêncio da madrugada, que podem ser ensurdecedores e altamente enlouquecedores para quem não consegue dormir, seja lá, porque razão. Passados alguns segundos, fui abrindo espaço em minha mente para os inevitáveis pensamentos que a princípio se atropelam, mas que aos poucos vão criando suas próprias escalas de prioridades, num segmento aparentemente lógico, se o meu perfeccionismo de entendimento, não rebobinasse inúmeras vezes alguns deles, principalmente os acontecimentos já vivenciados, pois sou avessa a fazer programações determinadas, quanto ao meu cotidiano. E neste amanhecer como em tantos e tantos outros, antes de abrir os meus olhos, eu apenas disse; obrigada meu Deus. Obrigada pelo silêncio bendito da noite que embalou meu corpo cansado e ao meu lado, permitiu-me acordar para ainda poder ouvir os sons de um novo dia chegando como mais uma página do meu livro da vida, onde com a caneta dos meus esforços pessoais poderei escrever mais um capítulo senão com histórias novas, mas pelo menos originais. Obrigada meu DEUS, pelos sons e pelos silêncios que sempre carinhosamente, inspiram-me a viver.

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