sábado, 21 de janeiro de 2017

EU DISSE NÃO

Há vários dias não escrevo e eu sei bem porque, afinal, o calor excessivo, jamais foi para mim, um bom companheiro. Além disso, não sei se acontece também com você que me lê, vez por outra fico um pouco enfarada, tipo; vontade de fugir de tudo que fere a alma, nem sempre diretamente a mim, mas que posso observar a minha volta e que me faz pensar no quanto, nós, seres humanos, dotados de tantos privilégios orgânicos e estéticos, somos capazes de tamanha estupidez, flagelando de forma sistemática, o tudo com o qual convivemos com uma permanente insensatez e com a arrogância de nos acharmos ainda o máximo nisto ou naquilo. E se nos é dado algum tipo de poder, aí é que deixamos aflorar o quanto somos esquisitos, para não dizer nada muito explicito que caia como carapuça, difícil de nos deixar respirar. Somos uma piada de mal gosto a céu aberto, na medida em que raramente nos percebemos necessitados da parceria com DEUS que se apresenta em infinitas performances, numa constante tentativa de nos mostrar todas as grandiosas riquezas que deixamos passar por nossas vidas, sem darmos a devida atenção, justo porque, banalizamos o simples, o palpável em nosso universo pessoal. E aí, fica cansativo conviver, mesmo a certa distância da hipocrisia, da deslealdade, da prepotência, mas principalmente, constatar o aprisionamento invisível, pois as grades são emocionais que alguns colocam em si mesmos, pelo medo assustador de reconhecerem que podem ser livres. A liberdade é alucinante, porque ao vivencia-la, não mais podemos responsabilizar nem mesmo o Senhor Deus pelo nosso destino. Eu disse não a estas correntes sistêmicas que sufocam, enjaulando sonhos, desejos e acima de tudo, cegando a visão clara do meu Deus que me permite apenas ser, neste mundo pra lá de encantado, onde se formos atentos, enxergaremos o que de verdade vale a pena ser sentido. Todavia, de uns dias para cá, o bombardeio tem sido tão grande que não fui capaz de frear meu enfado, afinal, não há imunidade falsa ou verdadeira, quando, se opta pela liberdade em ser e viver parceirando com Deus.

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