domingo, 8 de janeiro de 2017
BOM SENSO
De 2000 a 2003, dediquei parte de meu tempo para escrever um livro que denominei de EQUILÍBRIO, RAZÃO E AMOR, onde em mais de duzentas páginas, busquei registrar o quanto o bom senso, quando presente nas posturas humanas, torna-se o ingrediente fundamental para que as pessoas convivam com mais harmonia e lógica de sobrevivência em seus meios ambientes.
Tudo muito simples, sem qualquer toque de sofisticação, mas que representam movimentos emocionais que são determinantes a um bom convívio em grupo.
Afinal, percebi ao longo da vida que por todo o tempo queremos mudanças que nos tragam um cotidiano melhor, mas concomitantemente nos revoltamos frente a qualquer uma que venha a nos trazer qualquer tipo de perda ou, até mesmo, que represente nos tirar de nossas acomodações individuais ou de grupos, pois quando nos interessa, somos corporativistas ao extremo.
Estamos a oito dias de novas gestões municipais e venho testemunhando nas redes sociais, não só as cobranças de alguns munícipes, como as reações intempestivas dos cobrados, como se cobrar ou simplesmente solicitar providências, fosse pecado e tivesse tempo certo para acontecer.
As trocas de farpas são inúteis e demonstram o primarismo das idolatrias e a hipocrisia frente a incapacidade de se assumir responsabilidades, assim como a total incapacidade do cidadão de se colocar como tal.
Precisamos aprender os fundamentos básicos que estruturam o senso de cidadania, onde todos são responsáveis por tudo em seus universos vivenciais, com a conscientização de que não se faz “omeletes sem que se quebrem ovos” e que, às vezes, precisamos não esquecer de que as gestões estão para servir ao povo e o fato de ter havido falhas nas gestões passadas, em nada se justifica a não observância nas gestões presentes.
O tempo é irrelevante se não esquecermos que os atuais gestores e seus colaboradores, através de inúmeras secretarias, que também estão abastecidas de outros tantos funcionários, desde o dia primeiro de janeiro, já estão ganhando com muita justiça os seus proventos financeiros e que, portanto, devem ter a sensibilidade e o respeito de acatarem as reclamações ou solicitações dos munícipes sem delongas ou conversinhas fiadas, apenas, dando a Cesar o que é de Cesar para que o respeito seja mútuo e a cidade e seu povo verdadeiramente se desenvolvam com a dignidade que merecem.
Afinal, gestão que não aceita e pondera críticas está fadada a se tornar uma intocável ditadura tupiniquim, e isto é coisa superada e não aceita no mundo inteiro.
Portanto, quando a vaidade e a arrogância são substituídas pelo equilíbrio, razão e amor, tudo tende a ser sucesso em qualquer aspecto da vida, seja sistêmica ou pessoal.
APLAUDIR E REIVINDICAR, mecanismo cidadão para um desempenho que seja bom e equilibrado para ambos os lados.
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