Neste final
de tarde, deste domingo ensolarado e abrigado de paz ouvindo Vinícius de Morais
e Toquinho, automaticamente começo a escrever e minha mente, em companhia de
meu coração, viaja rápido para encontrar a minha linda Ipanema de sonhos
coloridos e de uma juventude ingênua que os anos vividos, não conseguiram
apagar.
Ipanema, de
um Rio de Janeiro que infelizmente só resiste em sua leveza nas lembranças de
gente que, como eu, a viveu em seu esplendor de donzela elegante, coberta de um
romantismo hoje impossível de ser identificado, seja lá ou em qualquer outro
lugar.
Ipanema, das
águas frias e dos sois abrasadores, das areias quentes e dos céus estrelados,
das dunas revestidas do verde vibrante da vegetação rasteira, das calçadas
largas, das pessoas sorridentes.
Ipanema, do
chopinho antes do almoço, do sorvete do Morais, dos doces da padaria Eldorado
que, depois, virou Regininha.
Ipanema, da
Visconde de Pirajá, do ônibus Urca/Leblon, do bonde do Bar Vinte, da Rua Aníbal
de Mendonça e da sempre amada Barão da Torre, onde posso ainda ouvir meu gritos
de pura alegria, no esconde esconde das brincadeiras de uma infância divina.
Ipanema, que
me viu crescer e me apaixonar, que me viu menina e depois mulher.
Ipanema, de Vinícius,
Tom e João Gilberto, de Paulo e Sérgio Vale, dos sonhos e das fantasias de
Maria Clara Machado.
Ipanema, das
artes e da intelectualidade, da beleza e do poema onde cada um de nós, escreveu
o seu próprio verso.
Saudades...
de uma Ipanema que só é possível encontrar através das lembranças sempre vivas
a lembrarem que sorrir é preciso e amar imprescindível.
Eu sei que
vou te amar sempre, minha Ipanema querida e é este amor que me faz atenta e
zelosa à vida, encontrando onde me encontro, traços de tua beleza, nas quais me
abrigo e me faço feliz.
E pela luz
dos brilhos teus, vou seguindo a estrada e juro por Deus que tão somente, busco
sem muito trá-la la, lembrar da luz dos muitos dos teus sois que se refletem,
nos olhos meus.
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