Dentre todas as coisas que tenho vivido nos últimos anos desta minha
vida pouco monótona, certamente estar em constante contato com as pessoas tem
sido muitíssimo gratificante, além de representar um inestimável aprendizado.
Durante muitos anos, deliberadamente isolei-me na busca de poder
reciclar-me sem que houvesse qualquer tipo de interferência externa que pudesse
desvirtuar meus direcionamentos inerentes a imersão emocional que eu havia
determinado a mim mesma, afinal, durante vinte longos anos, escrevi sobre as
emoções com as quais nós, criaturinhas humanas, vamos reconhecendo em nossos
comportamentos cotidianos, mas até então, não havia me imposto conhecer mais
amiúde as minhas próprias.
Sabotagem pessoal que tantas vezes abordei em meus estudos, onde
reconhecia com clareza o quanto o ser humano foge em enxergar-se, buscando
camuflagens diversificadas no intuito de, tão somente, esconder o que
representa em termos reais, fazendo do véu da camuflagem um abrigo aparentemente
seguro contra a dor do reconhecimento que certamente por instinto natural,
percebe que não será fácil entender e polir de seu modo de ser e de agir.
Bendito outono que chegou em minha vida, trazendo com ele o vento fresco do entendimento.
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