Eu gostaria
de seguir em frente, entrar no mar e ir caminhando entre as águas, sentindo -me
plena e integrada, mas não posso, caso contrário, se não matasse, eu o faria
sem pensar sempre que possível.
No mar,
sinto-me protegida, amparada, acolhida, sinto-me feliz, alegre, sorridente e
como não posso nele caminhar, buscando as profundezas que tanto me atraem,
tocando nos corais, nas algas e nos peixes, conforto-me com o céu, com a terra
e com as flores, conforto-me com meus escritos, com a poesia e com o belo.
E dentre tantas outras
coisas que agora posso me lembrar, sem correr o risco de ao fazê-lo, fenecer,
penso no primeiro beijo úmido e ardente, no primeiro sexo, enfim, no primeiro
tudo, que me foi fundamental.
Faço então, links de minha
caminhada vida afora, sendo capaz de afirmar, sem qualquer dúvida, o quanto foi
bendito este ponto de partida, para o tudo mais que no percurso vivenciei.
Daí preocupar-me com os excessos
que hoje existem, com a banalidade que se imprimi ao belo ato do toque inicial,
transformando o início de toda e qualquer caminhada em algo comum, fugaz e de
fácil acesso.
Dizem hoje que o comum é ter-se
liberdade, mesmo que vazia sem qualquer finalidade, mas para alguém como eu, de
outra realidade, a gostosa e inesquecível liberdade, jamais rimou com a sempre solidão
da libertinagem.
Quem não se lembra dos
primeiros tudo o mais?
Pois eu me lembro, e não
quero me esquecer, foram bons momentos de puro aprendizado que aperfeiçoei ao longo
da caminhada.
Que esta quinta-feira,
seja dedicada a um passeio nas lembranças gratificantes que, certamente,
existem na vida de cada um de vocês, sejam desta ou de qualquer outra
realidade.
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