domingo, 4 de novembro de 2012

SEM CULPAS.


 
Parecia que era da chuva, o barulho frágil e constante que me acordara, mas era só o farfalhar das folhagens, bailando ao ritmo dos ventos que vinham da praia, inclusive trazendo com eles o cheiro leve e agradável de maresia, de peixe fresco e salgado, há muito não sentido por estas bandas de Itaparica.

Os pássaros em polvorosa, afinal, as mangueiras estão repletas e o cajueiro também, isso sem falar da amoreira que durante um bom tempo, alimentou os bichinhos, oferecendo assim condições às demais frutas desta época, como a seriguela, por exemplo, a ganhar corpo e se expandir.

É um “Divino espetáculo” que se apresenta, nesta aproximação do verão. Tudo enfim, parece ficar mais bonito, mais iluminado, e eu, em particular, mais repleta de emoções, que brotam afoitas na primavera, e se exibem no verão, sob o sol ardente a penetrando a alma, despertando sentidos, escancarando sentimentos, pincelando novas cores neste existir abundante, que arrebanho sem cerimônias, sem culpas ou quaisquer disfarces.

Parecia chuva, mas era só um chamamento, um alerta ou um comunicado de que o verão está chegando, e com ele os aromas e a profusão de meus pássaros a lembra-me por todo o tempo que viver é um espetáculo, uma festa a céu aberto.

E com este despertar de sensações, desejo a você que me lê, um BOM DIA!

Desejo também que vá a luta, que desperte da inércia deste cotidiano que sufoca, para a única realidade que lhe e nos interessa, que é justo o fato de estarmos vivos e sermos os únicos capazes de com nossa palheta pessoal, pincelar nossos sonhos, com as cores de nossa preferência, pintando assim o nosso destino, mas principalmente o nosso agora que, se renova a cada instante.

Que venha, então, o abusado verão, pois cá estou esperando, prontinha pra lhe receber. Pois entre suspiros e ais, sinto a espetacular aventura de poder estar vivendo...

UM DIA DE LUZ PARA NÓS TODOS.

 

 

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CHOVE LÁ FORA

 CHOVE LÁ FORA e com certeza, no meu coração também... Busco nas lembranças, quando, exatamente fomos adentrando na banalidade, fazendo dela...