terça-feira, 6 de março de 2012

PARCEIRANDO


Hoje, como de hábito, acordei bem cedinho e, antes de deixar a cama acolhedora, deixei a mente livre, e esta, sempre senhora de si mesma, foi lá no passado, talvez, creio eu, para fazer uma analogia entre o galho da amendoeira do quintal de meu vizinho, que teimava em permanecer querendo adentrar pela janela e o braço amigo de meu amor que pousado sobre meu corpo me leva a sentir que jamais estou sozinha, sempre amparada, guardada pelos fiéis parceiros.
Todavia, também pelo velho hábito, deixo escapulir um sorriso matreiro, o primeiro de muitos que, espero, terei ao longo deste novo dia. Pensando em me levantar, sinto através da janela fechada que pelas vibrações meus cães já perceberam que acordei, reforçando-me a certeza de que são sempre elas, as nossas energias, que chegam primeiro, seja lá onde nos intencionarmos a ir.
Daí os encontros benditos que venho tendo ao longo de minha vida, daí os desencontros inúteis que aborreceram, e muito, alguns momentos de minha vida.
Mas como não penso em nada ruim, preferindo alimentar tão somente o melhor que em mim chegar, ou que fui capaz de atrair, volto a lembrar daquele quartinho de minha juventude, da frondosa amendoeira, das fronhas e lençóis sempre limpos e cheirosos, da cama macia, do braço ou do galho, benditos acolhedores que arrancam de mim sorrisos às cinco da manhã, prometendo-me um dia de extrema luz, prometendo momentos de profunda paz, que ainda sorrindo desejo a você, que como também de hábito, lê os meus escritos, me aceitando bem próximo, tal qual o galho da amendoeira, tal qual o braço de um sempre presente parceiro.
Bom dia!... Com companhia!...







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