sábado, 6 de fevereiro de 2010

O LIXO E O DESLEIXO DE TODOS NÒS

Todos os dias, juro a mim mesma que não vou escrever sobre política pública, no entanto, estou sempre mordendo a própria lingua, pois não consigo ficar omissa seja frente ao que de bom acontece, como o início do calçamento da rua do cemitério, que é aguardado há anos pelos moradores do local e por todos os cidadãos que poderiam utilizá-la como forma de escoamento ou encurtamento de trajeto, assim como frente ao contínuo pouco caso em relação ao recolhimento de lixo e monitoramento dele nas ruas internas, próximo das residencias.
Insisto neste assunto, pois é público e notório os danos provocados pelo acúmulo de dejetos de todas as naturezas, que permanecem em franca decomposiçao ao longo de meses e anos a céu aberto, atraindo um cem número de peçoentos que invadem as residências,c riando sérios problemas, sem esquecer que no período das chuvas, a urina dos ratos, misturada aos poços interminaveis de águas paradas por todos os cantos das ruas, transformam-se em mananciais de focos de doenças.
Isto me faz lembrar da Dengue, que em todos os verões maltrata a população e, como sempre, volto a perguntar onde estão os agentes de endemias que foram empossados no governo passado e regularmente passavam nas residências e comércios, devidamente uniformizados e em poder dos adequados remédios de combate ao mosquito.
Voltando ao lixo, penso que não deve ser fácil cuidar desta árdua tarefa, no entanto, também penso que as empresas contratadas deveriam estar capacitadas, já que os valores dos seus contratos mensais com as prefeituras são de valores, no mínimo, respeitáveis.
Por outro lado, creio que a secretaria de infra estrutura deveria manter uma fiscalização mais efetiva, até como forma de conhecimento e reconhecimento, frente a possíveis reclamações, pois o que não falta são funcionários que poderiam ser direcionados a um atendimento mais consistente.
Por mais que se queira desconsiderar este grave problema que nos assola, ainda nos resta o desconsolo de não receber a visita de fiscais, ou seja lá o que for. Pelo menos no meu caso em particular, só fui atendida quanto a colocação de lâmpadas na rua de minha residência após dois anos de espera, e assim mesmo porque em dado momento político me valí do cargo de diretora de gabinete para auferir esta tão desejada necessidade. Entretanto, isto está errado, o certo seria uma sistematização operacional onde o volume expressivo de funcionários efetivados e contratados, pudessem de verdade exercerem funções mais coerentes as necessidades do município, ao invés de se amontoarem nos departamentos das secretarias e prédio da prefeitura, onde o excesso, aliado a ociosidade, promove um relaxamento profissional, além de um atendimento totalmente desconsiderativo.
O horror do circuito do lixo, não é apenas um sofrimento do povo de Itaparica, mas também do povo de Vera Cruz, na verdade para quem quizer ver é que todos nós a cada instante nos encontramos expostos ao mal cheiro, a uma visão dantesca e ao risco constante de doenças.
É preciso dar-se um jeito neste horror diário, e não me venham falar que tudo vai bem, porque não vai não, pois o atual recolhimento é realizado bem aquem das reais necessidades.
Penso, que tantas pessoas inteligentes e competentes a frente das gestões atuais, poderiam pensar em um programa educacional e ao mesmo tempo promocional, como por exemplo, incentivar os moradores a colocar cestas fixas de depósito de lixo em frente às suas residências, em troca de receberem bônus de desconto nos seus IPTUS e os comerciantes a receberem, por exemplo, redução de alguns porcentos no pagamento de um imposto como o ICMS.
É só pensar um pouquinho que logo surgem alternativas, não é mesmo?
Pois é, enquanto escrevo, imagino o quanto sou criticada pelos senhores do poder, justo por estar por todo o tempo pedindo isto ou aquilo, que pela minha lógica e entendimento sobre gestões públicas, assim como relativo entendimento quanto às verbas recebidas, deveriam fazer parte de uma rotina prioritária.
Tem até esposa de gente do governo, virando a cara quando me vê, assinando assim um atestado de pouco respeito pela opinião e necessidades de uma cidadã itaparicana, guando deveria utilizar suas sensibilidades femininas para aconselhar seus maridos a serem mais sérios em suas ações políticas, no entanto, reconheço que não estou nas páginas dos contos de Monteiro Lobato e Itaparica com certeza não é o Sítio do Pica Pau amarelo, assim como a referida senhora, jamais será a querida DONA BENTA.

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