Minha maior função, sempre foi pensar nas coisas que a maioria sequer percebe estar acontecendo.
E por que me dedico a isso ?
Não sei bem explicar, pois sempre foi muito natural ir além do lugar comum em uma busca de entendimentos explicativos das posturas aparentemente óbvias e suas correlações emocionais, assim como seus efeitos junto à convivência com os demais.
Lembro-me nitidamente de quando ainda menina, permanecia atenta às conversas de tias, vizinhas, professoras, freiras da escola, em um fascínio a tal ponto envolvente que eu simplesmente parecia sair deste mundo, motivo pelo qual minha mãe vivia me repreendendo, pois dizia que eu estava sempre no mundo da lua.
Fui crescendo e, já na idade adulta, em dado momento, comecei a sentir medo em conviver e fui me isolando, pois me era assustador conhecer e prever tanto as posturas, quanto as reais emoções que se espressavam.
Horrível... e novamente comecei a escutar mais amiude os ecos das observações de minha mãe, agora representada pelas vozes de marido e filhos, que em muitas ocasiões se aborreciam por eu permanecer como se alheia eu estivesse de detalhes para eles de fundamental importância, mas que para mim eram tão somente fatos corriqueiros, não merecedores de relevante consideração.
Precisei de muitos anos e de muitos registros, em um exercício de reconhecimento consciente, para finalmente ir relaxando em minhas convivências cotidianas, não questionando e tão pouco julgando, apenas e tão somente registrando, oferecendo uma nova motivação a este hábito que percebi finalmente ser um caminho de aperfeiçoamento, pois que me induzia a encontrar meu próprio equilíbrio pessoal e, consequentemente, a um maior entendimento do funcionamento mental, se a ele for adequadamente inserido os sentidos em uma parceria consciente, pois fui assimilando que esta parceria, quando existia, era totalmente instintiva, sem qualquer consciência, ficando aí constatado que a tão estudada consciência só pode ser entendida se a olharmos como um conjunto de fatores neurológicos se estes forem estimulados por um poder maior de comando que advém da inserção de modelos posturais externos.
Ou seja: nosso grau de consciência advém de em contexto de funcionamento biológico e sensitivo do nosso conjunto físico, que por sua vez, forma-se através de agentes externos, que são absorvidos a partir da formação embrionária e se estabelece através dos relacionamentos vida a fora.
Naturalmente percebi, então, que o poder de se fazer escolhas, ditas conscientes, é apenas mais uma suposição, que é encarada como realidade existencial, pois seja ela qual for, faz parte um contexto no qual a criatura se encontra inserida emocionalmente.
E isto, não pode ser correlacionado ao meio social em forma de definição do sentido externo, se bem que este fator seja também um agente influenciador, mas ao contrário do que se julga popularmente, não se torna definitivo quanto a formação do carater emocional, apenas eu diria um fator indutivo de relevante poder de persuasão físico-emocional.
Em dado momento, comecei a desejar que meus entendimentos se estendessem a outras criaturas, para que elas pudessem como eu sentir a vida de forma menos pesada, repleta de cobranças, justo por não conseguirem vislumbrar suas reais necessidades, isto sem precisarem percorrer todo o trajeto que percorri ao longo de minha vida.
Verdadeiramente, acredito que é possível adequar-se ao convívio interpessoal , assim como acompanhar as evoluções sistêmicas sem que se precise aleijar-se emocionalmente e, como consequência, fragilizar-se toda uma estrutura física, que induz o consciente a chorar por todo o tempo, por se sentir amarrado sem vida própria e liberdade, em também se sentir sendo um ser completo.
Em linguagem popular, seria se sentir feliz.
Simples assim, sem maiores ilações, por que fui descobrindo que os instantes são definitivos na qualificação de bom ou ruim no contexto diário existencial e que é preciso valorizá-los, preservando-os como se fossem únicos.
Particularmente, não gosto que classifiquem meus entendimentos como auto-ajuda, prefiro que este meu dom, que sistematizei no decorrer de minha vida, seja encarado como um método de reeducação vivencial, a ser aplicado com o respeito e seriedade, como deveria ser aplicado toda e qualquer disciplina curicular nas escolas a partir do pré escolar,, evolutivamente, em todos os níveis educacionais, para que cada criatura envolvida crescesse e se educasse de forma mais consciente de suas realidades fisico-emocionais, com o reconhecimento de suas afinidades, podendo, assim , também ter a oportunidade de corrigir toda e qualquer distorção a sua pròpria natureza e, ou, ao meio no qual está inserida.
Quem sabe, este meu desejo um dia se realize, através de um gestor, como eu visionário, que não se importe em destribuir equilíbrio, razão e amor, fazendo de cada escola um celeiro, onde cada criança possa desenvolver vida e liberdade, dando a ambas a importância suprema de respeito e dignidade humana.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
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