Abro a janela neste primeiro dia de maio e deparo-me com Deus me abraçando na figura do sol.
Gostoso demais e aí, depois deste reconfortante carinho, coloco a água para ferver, afim de passar um cafezinho, enquanto vou abrindo uma a uma das outras tantas janelas e em cada uma, lá está ele me esperando para inundar-me com o seu bom-dia de ora pai, ora amigo, ora tudo de bom que tenho em minha vida...
Penso então, que durmo com ele e é com ele que desperto a cada manhã sem intermediários que nos una, sem dogmas, sem promessas, sem ilusões, apenas o tenho como um guardião que ao meu lado caminha nesta estrada vivencial de mão dupla.
Entre nós, não há segredos, omissões ou mentiras, não há receios ou medo, nada camuflamos, porque somos absolutamente reais e foi desta transparência que nos caracterizou que se firmou um amor incondicional, onde me aceitas como uma filha não perfeita, mas apaixonada e a ti aceito, vagabundo e andarilho se mostrando filho de Deus.
E nessa parceria adorável de uma vida inteira, me fiz tua e tu te fizestes, meu.
Que mais eu posso querer, além deste amor que por toda a minha vida, abraçou-me a cada amanhecer e me embalou a cada anoitecer, cercando-me da mais absoluta paz, mesmo diante da mais profunda dor da ingratidão, pedras que permitistes existir em meu caminho, afim de que eu, reconhecesse o alívio da tua paz.
Que neste domingo, ora de sol, ora de chuva, o outono se misture ao verão, mantendo o teu dia, abastecido da vida.
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