Por que jamais tive interesse em perguntar as pessoas sobre suas vidas, preferindo saber tão somente, o que elas, quisessem me contar?
Fico pensando neste momento que, talvez, se eu fosse mais curiosa neste aspecto, provavelmente eu não tivesse constatado algumas surpresas, nem sempre agradáveis.
Sei lá...
Por outro lado, aonde ficariam as emoções das descobertas deste meu senso observatório?
Gosto de um certo mistério e de ir desvendando-o lenta e gradativamente, mas o que eu gosto mesmo é de gente e delas, ir sugando sem pressa seus encantos e certamente, também seus desencantos.
Comparo a experiência vivencial com cada pessoa a uma conquista de preferência amorosa, onde a partir da posse autorizada pela aprovação de um apenas olhar, tudo precisa caminhar devagar devagarinho, afinal, cada descoberta é uma conquista, um gozo especial com gosto de quero mais.
Amor corrido não dura, é fogo que logo se apaga, mas amor dedilhado como se o outro fosse um piano e cada tecla um complemento de um acorde, a harmonia se estabelece e enfim, uma bela canção ecoa.
E quem se esquece de uma bela música?
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