sexta-feira, 30 de novembro de 2018

DESOLADA.


E aí, de todas as minhas incompreensões em relação às posturas e avaliações humanas, existe um aspecto que sinceramente foge à minha lógica de entendimento, ou seja; como uma pessoa pode se horrorizar com um assassinato, um estupro e desconsiderar um crime de corrupção pública?
A ausência do sangue explicito ou das dores emocionais e sistêmicas no que se inclui a fome , a miséria e as mortes por falta de total assistência de todas as naturezas das vítimas e dos algozes, empana a empatia,  a solidariedade e a repulsa de algumas pessoas que, afinal, não são assim tão poucas e que me levam a pensar que, verdadeiramente, somos uma raça chamada humana sem qualquer entendimento no tocante a vida.
Apontamos o dedo e gritamos por justiça em relação ao preconceito, ao feminicídio e a tantos atos repugnantes que nós, seres ditos humanos, somos capazes de produzir com nossas mãos e mentes, mas desculpamos, apoiamos e defendemos até as nossas forças se esgotarem a todo aquele que desvia dinheiro público, lesando e matando um sem número de pessoas independentemente de serem brancos, negros, gays, crianças, jovens ou velhos e, o que ainda é pior, não acreditando que toda essa desgraceira nos atinge diretamente, tirando de nós a bendita liberdade até mesmo para criarmos em nossas mentes redutos de conhecimentos, mesmo que rasteiros, sobre a vida, convivência, política e, principalmente, sobre bem-comum.
A história da humanidade mostra sem véus de camuflagem que esta é uma característica que existe numa parte significativa da raça humana, onde não há em suas mentes qualquer real empatia em relação a própria raça, mantendo um abismo arrogante e doentio, onde o eu e você se apresentam de forma cruel, separatista, burra e inominável, quando o portador desta característica de personalidade possui estudos que deveriam ter-lhe proporcionado amplitude de visão, no mínimo humanista.
É, estou no outono de minha vida e ainda não consigo compreender a pequenez humana.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

REFLETINDO



Estou aqui pensando que não é gratuita a violência que tem nos assolado de todas as formas possíveis, afinal, ela é o troco maldito de nossas compras constantes e desregradas.
Acusamos uns aos outros, discordamos sem ponderar, amamos sem critérios, desconfiamos sem causas evidentes e matamos se somos contrariados.
Transformamos as redes sociais em válvulas de escapes de nossos infernos íntimos, fazemos de nossos semelhantes sacos de pancadas e escondemos as traves de nossos olhos, apontando freneticamente os ciscos alheios.
Nos sentimos guerreiros combatendo o mal, num endeusamento doentio, onde somos Deus e o Diabo ao mesmo tempo, onde gritamos por justiça e por ela nos tornamos vítimas e algozes.
Pouco mudou em nós, apesar das muitas evoluções. Afinal, continuamos escravos da insistente insanidade.
Vaidade sorrateira, arrogância camuflada.
Humildade produzida com as folhas secas da insensatez.
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!” – Castro Alves


terça-feira, 20 de novembro de 2018

ANGU COM CAROÇO



Tem muito mais caroço neste angu que, nós pobres mortais brasileiros, possamos mensurar.
E esta deliciosa e nutriente fonte de alimentação que nossos ancestrais popularizaram, mas que os mineiros eternizaram ao complementar com o guisado de frango com quiabo, na realidade, nos porões governamentais de nosso “Brasil”, sempre foi o quitute preferido de nossos ilustres políticos, independentemente da região, do status corporativo ou seja lá do que fosse.
Todavia, como em todas as fartas refeições, as sobras são inevitáveis, jamais faltou bocas famintas para delas se fartarem e assim, de angu em angu, foram se esquecendo de bater devidamente os caroços, e aí, restou sempre para a galera, que somos nós, os senzalistas convictos das infinitas ignorâncias governamentais, os duros, secos e sem qualquer sabor caroços que, por muitos, devido à fome, ainda são chupados, mas para outros, tornaram-se abusivos e desnecessários, resultado do descaso de cozinheiros desatentos que há muito já deveriam ter sido despedidos.
É assim que vejo as vergonhosas ações públicas, pintadas de ouro falso como benécias sociais, quando na realidade deveriam ser, tão somente, ações corriqueiras de governos sérios em favor de um povo mais sério ainda.
A cultura da divisão entre qualquer diferença social, acirra a ideia de que qualquer ação pública é direcionada aos mais carentes, quando deveria ser projetada para o povo em geral com todas as especificidades de qualidade.
E aí, como pensam que para o carente tudo é lucro, oferece-se o medíocre e o pouco eficiente.
Duro o que estou afirmando ou apenas constatando a crueldade da maior expressão em relação ao tão combatido preconceito que, de tão sutil e vergonhosamente assimilado pelas pessoas, afinal, representam o povo, convive num cotidiano confuso e simbioticamente doente ou praticamos todos os tipos de preconceitos, por todo o tempo de nossas vidas sem sequer o percebermos, combatendo-o também na mesma proporção, em uma incoerência absurda.
Nos acostumamos a ouvir e a sentir o que o outro fala ou faz e nos esquecemos de prestar atenção ao que falamos e fazemos num verdadeiro angu de caroço.
O resultado destes caroços descartados e pelo povo digerido é exatamente as mazelas pelas quais guerreamos explicitamente a cada instante uns com os outros, numa violência de vômitos amargurados que ao longo da história brasileira, em várias ocasiões, lotou latrinas até mesmo daqueles que se julgam imunes a tudo.
Angu de qualidade precisa ser fino, sedoso e capaz de não interferir no sabor do frango e do quiabo, numa parceria completa que alimenta e não nos deixa esquecer do valor do cozinheiro.
E nesta iguaria dos Deuses, nenhum ingrediente se destaca, ficando o conjunto como uma inspiração que não deixa esquecer o quanto de bom somos capazes de criar e produzir.
- Senzalismo – ato de absorver e dar continuidade às práticas escravagistas.

sábado, 17 de novembro de 2018

PENSANDO


É preciso que exercitemos a capacidade de compreender que é bem mais eficiente que o apenas, tolerar. A tolerância tem vida curta e ainda é capaz de desencadear distonias pessoais, que fatalmente, extrapolam e deixam rastros, possíveis de serem enxergados e sentidos em nosso sistema social.

Hábitos



O dia sequer amanheceu por completo e já me sinto desperta como uma criança que não pode esperar para dar início as suas estripulias e no meu caso em particular, centrou-se numa necessidade absurda em escrever tudo quanto pulula na mente como se dela quisesse escapulir.
Quando eu era criança, contava minha mãe que eu falava enquanto dormia à noite, tudo quanto vivenciara no dia e que, portanto, dizia ela:
- “Cuidado, pois se mentir para mim, à noite saberei a verdade”.
Quem disse que mãe também não sabe ser cruel?
O relutar em dormir, nada mais era que o medo de falar demais e ser apanhada numa mentirinha.
Que coisa, viu...
Mais tarde descobri que se escrevesse bastante, além de pintar o sete, meu sono seria tranquilo e, assim, o hábito se formou e o tenho até hoje, começando cedo a despertar a mente, fazendo dela minha fiel aliada, a fim de que nada, absolutamente nada, passe batido ou se transforme num apenas parece isso ou aquilo, que mais tarde possa se transformar numa falsa realidade, passível de ser falada ou cobrada, enquanto durmo ou mesmo quando me distraio.
O apenas “parece”, jamais representou o real, o consistente, o evolutivo.


PALAVRAS QUE SE TORNAM ARMAS.



De quando em quando, o sistema traz à tona expressões até então desconhecidas da grande massa e as mídias as colocam em evidência nos diálogos de atores e jornalistas, transformando-as em corriqueiras, quando na realidade poucos são aqueles que verdadeiramente sabem seus reais significados.
Atualmente, palavras como polarização, extremismo, resiliência e fascismo, tornaram-se banais, todavia, se por algum motivo a pessoa que a pronuncia precisar explica-la é possível constatar-se os equívocos que advirão e que a meu ver, hoje e sempre, foram grandes responsáveis quanto ao desenvolvimento cruel do preconceito social que é tão sério e danoso quanto o preconceito cultural que abraça hábitos, costumes, cor, gênero etc., alastrando-se como rastilho de pólvora, sem qualquer lógica maior que a indução midiática.
O bom senso, a gentileza, os bons hábitos e a curiosa generosidade individual em querer entender seja lá o que for, tem sido substituído por midiáticas expressões, que imediatamente cortam qualquer possibilidade de discussão sadia que, ao longo da história da humanidade, fez crescer mentes e entendimentos, revolucionou costumes e manteve acesa a chama do saber.
Penso que a ironia cruel é que jamais em tempo algum, a humanidade teve a seu dispor tantos mecanismos de aprendizado, mas que, mesmo assim, prefere a instantaneidade que pouco ou nada retém e que estimula um “parecer de sabedoria frouxa e sem conteúdo“, que limita e cria falsos entendimentos que “parecem, mas não são reais”.
O apenas “parece”, jamais representou o real, o consistente, o evolutivo.
Pensemos nisso, professores, mestres e doutores, antes de virmos para as redes sociais agredindo desnecessariamente este ou aquele, numa polarização sem nexo e desprovida de qualquer intenção resiliente que é necessária, até mesmo para apaziguar extremistas e fascistas.


COMUNICADO



Compartilhar uma postagem, não necessariamente reflete minhas crenças pessoais, todavia, tem como objetivo estimular o diálogo aberto a todos, pois sou do tempo em que o aprendizado ia além dos bancos escolares.
Acredito que a participação nas redes sociais, além de divertimento e descontração, também é uma oportunidade valiosa de se ampliar visões pessoais, vislumbrando culturas e sabedorias diferenciadas, o que em todos os tempos dos relacionamentos humanos, garantiu o desenvolvimento dos mesmos.
Portanto, deixo registrado neste instante, a desagradável surpresa ao constatar a posição do Senhor Carlos Bastos, ilustre integrante deste grupo que com palavras grosseiras, perdeu a oportunidade de mostrar aos demais integrantes deste, suas argumentações em relação ao assunto em questão.
Estamos vivenciando tempos de intolerância difíceis de serem contornados. E a falta de respeito é o primeiro e fundamental quesito que mantém a chama do preconceito acessa, fazendo doer a alma de todos nós.
Obrigada.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018


MERGULHO EM SI MESMO ...
Moldar um barro cru ou uma pedra virgem, será sempre mais fácil e criativo que restaurar um velha e danificada peça, seja ela de qual material for.
A tarefa primeira de toda criatura é consigo mesma, pois a partir de si, o tudo mais irá se aperfeiçoando, já que suas vibrações e presença, seja física, vibracional ou escrita será sempre um motivador, um restaurador e no mínimo um estímulo.
E com o mesmo carinho que deve ter com a certeza de sua colaboração evolutiva aos demais, vigie a soberba, que é sempre uma parceira inadequada, mas sorrateira o suficiente para adentrar nas almas dos mais humildes e bem-intencionados.
Toda manifestação de raiva e decepção é um ato de vaidade, afinal, a criatura pensa:
- Como pode isso estar ocorrendo comigo?
Achar-se imune e soberana às intempéries da convivência é e será sempre a forma mais camuflada da vaidade dominar com a sua disfarçada presença.
Um ser equilibrado, racional e emocionalmente compreende que está exposto ao tudo mais e que, eventualmente, poderá ser alvo desta ou daquela pessoa, cujo domínio das atitudes e emoções estão além de sua capacidade em apaziguar.
Afinal, se diz que respeita aos demais, como não compreender sua forma de ser e de pensar?
Percebe a primeira e grosseira incoerência?
Compreender, não significa aceitar e muito menos conviver, todavia, o respeito deve existir, até para que entre um e o outro, o vazio que se forma tenha trânsito livre para ambos em qualquer outro momento.
Quando reconhece a razão do outro pensar, resguardando o seu próprio, cria-se um elo vibracional de ambos com o tudo mais, ficando a pontual diferença apenas como registro de que não são compatíveis, mas não necessariamente inimigos contrários.
Se observar, tudo é simples, objetivo, sem perder o foco do equilíbrio, da razão e do amor.
Assim, a tarefa de cada criatura não deve ir além da doação, não se lamentando por esta ou aquela pessoa não conseguir compreender algo da mesma forma que ela, mesmo que a lógica seja absurdamente clara.
Percebe a sutileza do respeito aos demais em suas formas de ser e de pensar?
Enquanto a criatura se preocupa com o não entendimento alheio, alimenta em si a incompreensão em relação às diferenças.
Portanto, a criatura deve se preocupar tão somente com a doação de seus conhecimentos, deixando aos demais a tarefa de absorver às suas possibilidades ou não.
É simples, mas a olho nu é complexo para o leigo.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

DE INTELIGENTE A SABICHONA ...



Sinto que estou emburrando através dos anos, desde que me percebi sendo impedida de discutir ideias e ideais, tendo como limites, o devido respeito aos parceiros das discussões.
Ainda me lembro, e não faz assim tanto tempo, o quanto aprendi com meus mestres, amigos, patrões, colegas de escola e faculdade, nos intermináveis círculos de bate-papos que podiam acontecer em qualquer local, até mesmo, nas areias da praia ou nos meios fios das calçadas.
É... Ainda sou do tempo em que todos os locais públicos eram redutos de gente sadia, pensante e livre.
 Saudosismo? Melancolia?
Sim, bastante, afinal qual a graça em se sentir por todo o tempo tolhido, preso e amordaçado, física, emocional e intelectualmente.
Não estou fazendo utopias de um passado recente, pintando de cores belas um cotidiano que perfeito nunca foi, lembro apenas que o mesmo não pisoteava a mente, sufocando e criminalizando opiniões.
Preconceitos existiam e eram bem definidos, mas por mais que me esforce, não consigo lembrar da exclusão de uma mente pensante, alegre e de bem com a vida, justo por ser gay, negro, branco, rico ou pobre de nenhuma roda de discussão.
Em algum momento, o separatismo bruto, agressivo e violador mostrou suas garras, trazendo à luz da não razão, toda a insanidade contida nas pessoas, numa busca de compensações frenéticas de ocupação de espaço que esteve sempre disponível, afinal, se bem observado, em qualquer época, sempre foi ocupado pelos mais determinados e competentes.
A preguiça e a inércia mental ocuparam lugares dantes apenas disponíveis aos mais destemidos, fossem quem fossem, sem falácias de propósitos, onde cada criatura desafiava a si mesmo, para a concretização de seus projetos pessoais.
Na disputa, assim como nas discussões, se sobrepujavam os mais brilhantes e não com a força da insensatez de se achar com direitos de ocupar espaços sem qualquer mérito ou esforço.
Neste instante, minha certeza é que por décadas aprendi muito em intermináveis discussões, mas que de uns tempos para cá, infinitas e variadas limitações estão tolhendo o aperfeiçoamento de meus saberes, assim como conflitando cruelmente os relacionamentos, mesmo tendo à disposição, Google, livros sobre tudo possível de se desejar, centenas de universidades, milhares de doutores com suas teses variadas, mas com uma infinita ignorância da importância insubstituível do colóquio humano, na falta da liberdade de se trocar respeitosamente, com embasamentos lógicos e sensatos, as benditas ideias e ideais, onde o princípio básico e único é, tão somente, aprender um pouco mais com a visão do outro, seja gay, negro, branco, pobre ou rico.
Sinto que estou emburrando e o tudo à minha volta também, apesar da proliferação dos muitos títulos e troféus, assim como do ouro que brilha, mas que cada vez mais é ostentado por potros enviseirados.

”Eduque as crianças apenas sob uma ideologia e crescerão como potros enviseirados. Eduque para o que há de diferente e teremos gente que pensa”.
Rafael I. Fernandes da Fonseca

terça-feira, 6 de novembro de 2018

ABRAÇANDO O MUNDO



São cinco horas da manhã e já abracei o mundo através da minha frondosa mangueira que acredito que sempre está à espera do meu carinho, como devotada guardiã de meus desejos e necessidades e é claro, da minha sempre gratidão.
Enquanto abraço o mundo, sinto que meu corpo se energiza e minha mente se tonteia, abrindo espaço para uma espécie de alucinação generosa e amiga que me remete a um estado de certezas que recarrega meu físico e consequente, mente, num colóquio de minutos de perfeita integração entre eu, fagulha e o universo, infinito.
Bom dia a quem me lê, desejando que o infinito seja sempre o limite do seu amor à vida.


domingo, 4 de novembro de 2018

Apenas um olhar amoroso



Ontem, assisti no FITA ao show da Gal e voltei para casa me percebendo estranha e, como sempre, não banalizo desconsiderando minhas emoções e vou fundo na busca dos por quês e, geralmente, logo detecto o foco deles, todavia desta vez não consegui me concentrar pois estava chorosa, mas sem lógica nas razões possíveis, já que encontrei quase todas as pessoas que me fazem bem e o tudo mais estava impecável, começando pelos drinques do querido Rogério Santana.
Já em casa, o tempo foi passando e nada, então, fui dormir com os olhos marejados e com a mão amiga de meu Roberto fazendo cafuné, num consolo doce e aconchegante.
O dia amanheceu e cá estou mais que relatando uma fração dos meus instantes, pois finalmente consegui compreender a minha sensação de vazio e quase tristeza em meio a tantos apelos de descontração, pois percebi que não eram impressões novas, pois remeteu-me ao Fita do ano passado, onde também senti igual estranhamento, mesmo sendo alvo da honra de nele estar no palco participando com a minha família.
O palco estava lindo, a praça de alimentação farta e variada, a organização perfeita, policiamento completo, turistas e veranistas bem vestidos e cheirosos, o entorno da Praça dos Veranistas estava repleto de carros, atrações variadas e para todos os gostos e, é claro, nada menos que Gal Costa e Margareth Menezes para fecharem a noite, mas faltava algo mais importante de tudo, faltava o “povo de Itaparica”.
Onde estavam os preciosos moradores da Misericórdia, Manguinhos, Porto Santos, Amoreiras, Urbis, Marcelino, Mocambo, Barro Branco e tantos mais?
Aonde se escondeu o sangue vibrante e as batidas vigorosas do coração desta cidade que fazem dela mais que linda, tão somente especial?
Cadê este povo sorridente, sempre alegre e cantador que por dois anos seguidos se nega a participar de um evento tão bonito, tão rico de atrações, emprestando à festa a vibração de sua presença, numa resistência quase infantil de não comer o doce que lhe pertence e pelo qual pagou de alguma forma pela sua realização.
Este meu constante olhar carinhoso sobre esta cidade que amo, fez-me pensar e chorar por não ter encontrado na festa a alma vibrante do itaparicano, caboclo tupinambá, razão maior do tudo mais, ficando o vazio cruel da não integração.
Por que será?
Há de se pensar...

ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...