domingo, 19 de agosto de 2018

NÃO BASTA SABER COMO FAZER...



Depois de ouvir um depoimento de João Ubaldo Ribeiro, pensei a respeito e finalmente, compreendi por que algumas coisas, ligadas a cultura que é a base da educação, não acontecem na Ilha de forma eficaz, eficiente e continuada.
São perdas inestimáveis, que os políticos exploram nas campanhas, mas que na prática, quase nada é realizado, além de convocar alguns ainda existentes cultivadores do samba de roda, nas festinhas oficiais. Tenho observado que em Mar Grande tem havido alguns movimentos solitários nos últimos anos, mas sem o entusiasmo que deveria existir, por parte do governo e do Comércio em geral que deveria ser o maior interessado. Aqui como lá, a política partidária sempre foi um grande empecilho ao redescobrimento através de estudos continuados, resgatando a real e mais pura beleza dessa terra que é o seu povo e suas tradições. Resgatar turismo cultural, não é apenas promover datas significativas, já sacramentadas através da história, como por exemplo o 7 de janeiro. Preciso seria que houvesse uma fundação que providenciasse o resgate dos valores culturais o ano inteiro, inserindo os jovens, caminho único a preservação do patrimônio cultural que é bem maior que apenas Maria Felipa e o sete de janeiro, mas que está intrinsecamente, ligado a eles, num universo, absolutamente desconhecido, já que não há apoio e incentivo à busca do conhecimento. Claudio Neves tinha esta intenção, todavia, o tempo escasso, o volume de problemas encontrados em sua gestão que foram reais e comprováveis e não firulas da incompetência, assim como o não apoio do governo petista, quase tudo ficou no papel e tantos anos depois, estamos tal qual, décadas passadas, sem avançarmos como deveríamos. Até mesmo, João Ubaldo com todo o seu entendimento e conhecimento, reconheceu a dura barreira do atavismo do poder que só pensa em si e nos seus próprios interesses, usando e desgastando a seu bel-prazer, o pouco que restou. Salve São Roque, Salve Maria Felipa, salve o 7 de janeiro e o que mais mesmo?
Pensemos nisso nas avaliações que fazemos a cada instante sobre a falência educacional e de valores éticos e morais, assim como a violência que nos abraça com seus braços fortes e cruéis...


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