domingo, 12 de agosto de 2018

DESDE QUANDO?



Desde quando, cidadão de uma cidade, precisa de currículo e tempo de experiência registrada em carteira para reivindicar seus direitos ou filiar-se a quem quer que seja, no combate à corrupção moral que consome por todo o tempo o erário público?
Desde quando, o cidadão tem por obrigação ter feito, estar fazendo ou pretender fazer algo material ou imaterial em sua cidade?
Que me consta, cidadão existe para usufruir das benécias que paga através de seus impostos, que no caso do Brasil são absurdos se comparados com o resto do mundo.
A obrigação de fazer e acontecer é de cada político eleito e que ganha e muito bem para tal.
Desde quando ser nativo de um local, ou nele residir desde a infância, o legitima a se sentir mais capacitado que qualquer outro para discernir o certo do errado ou faz dos impostos que paga valor mais precioso dos daquele que optou em se estabelecer seja lá onde for?
Conheci na pele a discriminação, quando aqui cheguei, não pelo povo, mas por políticos espertos que enxergaram em mim tão somente uma intrusa que viria incomodar, fazendo perguntas e expondo argumentos que o atavismo cultural soterrara.
Particularmente, não me sinto na obrigação de ser nada além de uma pagadora de impostos correta e uma cidadã atuante e cumpridora das regras da convivência social.
Os feitos públicos, não me cabem enquanto cidadã, estes reservo à obrigação naqueles que ajudei a eleger.
Cobro com a mesma determinação que me foi cobrada a vida inteira, eficiência em minha profissão, e que cobro daqueles a quem pago para executarem os serviços de que eu e a população necessitamos.
O cidadão não elege para depois haver inversão de valores e se tornar alvo de pilhérias, gozações, indiferença e ameaças.
A postura dos “líderes brasileiros” foi se fragmentando ao ponto de se tornar mambembe, bem aos moldes das comédias baratas em praças públicas, onde a vestimenta e a maquiagem são grotescas para disfarçar a falta das luzes e do adequado cenário.
Merecemos coisa melhor, pois pagamos caro para assistir uma triste improvisação.
Não queremos o erário aplicado em bancos para ser devidamente usado aos interesses eleitoreiros de quem quer que seja. Queremos agora, ontem, amanhã, pois este é o nosso dinheiro e a nossa realidade exige soluções imediatas.
De conversa fiada – “discursos políticos” -, o brasileiro já se cansou.



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