Desde
quando, cidadão de uma cidade, precisa de currículo e tempo de experiência
registrada em carteira para reivindicar seus direitos ou filiar-se a quem quer
que seja, no combate à corrupção moral que consome por todo o tempo o erário
público?
Desde
quando, o cidadão tem por obrigação ter feito, estar fazendo ou pretender fazer
algo material ou imaterial em sua cidade?
Que me
consta, cidadão existe para usufruir das benécias que paga através de seus
impostos, que no caso do Brasil são absurdos se comparados com o resto do
mundo.
A obrigação
de fazer e acontecer é de cada político eleito e que ganha e muito bem para
tal.
Desde quando
ser nativo de um local, ou nele residir desde a infância, o legitima a se
sentir mais capacitado que qualquer outro para discernir o certo do errado ou
faz dos impostos que paga valor mais precioso dos daquele que optou em se
estabelecer seja lá onde for?
Conheci na
pele a discriminação, quando aqui cheguei, não pelo povo, mas por políticos
espertos que enxergaram em mim tão somente uma intrusa que viria incomodar,
fazendo perguntas e expondo argumentos que o atavismo cultural soterrara.
Particularmente,
não me sinto na obrigação de ser nada além de uma pagadora de impostos correta
e uma cidadã atuante e cumpridora das regras da convivência social.
Os feitos
públicos, não me cabem enquanto cidadã, estes reservo à obrigação naqueles que
ajudei a eleger.
Cobro com a
mesma determinação que me foi cobrada a vida inteira, eficiência em minha
profissão, e que cobro daqueles a quem pago para executarem os serviços de que eu
e a população necessitamos.
O cidadão
não elege para depois haver inversão de valores e se tornar alvo de pilhérias,
gozações, indiferença e ameaças.
A postura
dos “líderes brasileiros” foi se fragmentando ao ponto de se tornar mambembe,
bem aos moldes das comédias baratas em praças públicas, onde a vestimenta e a
maquiagem são grotescas para disfarçar a falta das luzes e do adequado cenário.
Merecemos
coisa melhor, pois pagamos caro para assistir uma triste improvisação.
Não queremos
o erário aplicado em bancos para ser devidamente usado aos interesses
eleitoreiros de quem quer que seja. Queremos agora, ontem, amanhã, pois este é
o nosso dinheiro e a nossa realidade exige soluções imediatas.
De conversa
fiada – “discursos políticos” -, o brasileiro já se cansou.
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