sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Lágrimas pelo tudo mais ...



Choro, deixando as lágrimas banharem minha face despudoradamente ao pensar nos horrores que acontecem e com os quais a banalidade se apoderou sem qualquer resquício de piedade.
Choro sem desespero, atribuindo a cada gota de lágrima toda uma frustação por me sentir impotente, solitária, como se este entendimento sofrido não encontrasse eco em tantas outras mentes que é possível imaginar absorvidas por este sistema louco que, passo a passo, as aprisionam nesta roda viva do politicamente correto que, mais que ampará-las, as destroem, restando a elas, tão somente, o acúmulo de coisas, não sobrando lugar confortável para os sentimentos há muito flagelados em emoções, sequer percebidas, quanto mais controladas.
Ninguém entende ou procura entender verdadeiramente nada e ninguém, tudo passa a ser momentâneo, sem maiores vínculos, numa correria incompreensível a lugar algum.
Imposições que se amparam em novas leis, ideologias que substituíram a razão, destruindo a olhos vistos qualquer equilíbrio.
Separatismo que divide e enfraquece o bendito amor, cola sagrada que congrega a vida através da sua humanidade.
Choro e deixo escoar através das lágrimas as dores do mundo que pesam a minha alma, mente e corpo, onde reside o entendimento, mas também a solidão.
Choro na esperança de lavar o mundo, minha alma e o que me resta a viver.

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