quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

BOA NOITE


Não há solução, quando somente existe confusão nas intenções.

Enxergar esta dicotomia entre o lógico, o desejável e o provável é tarefa para poucos.
Aquietes o teu coração, amanses a tua ansiedade e verás que nada é mais certo, que um dia após o outro.

domingo, 25 de fevereiro de 2018

O FASCÍNIO DE DEUS


Hábitos saudáveis e prazerosos precisam ser cultivados porque justificam a qualidade de nossas vidas.
Eles podem ser físicos ou mentais, mas se houver uma junção destes fatores, aí, tudo fica perfeito e ficamos expostos à    verdadeiras surpresas, tanto positivas como negativas, que o acaso pode nos oferecer, todavia, sempre enriquecedores em reforço de aprendizado, já que somos muito dispersos em se tratando de armazenar ensinamentos, pois vez por outra, lá estamos, cometendo a mesma infração, geralmente atingindo bem mais a nós mesmos do que aos demais, pois é pura ilusão acharmos que o inferno pessoal é terreno possível de ser visitado só depois da morte.
Bem, este preâmbulo filosófico, mas de cunho empírico, é só para deixar registrado que, se por um lado, presenciei um espetáculo degradante de posturas totalmente em dicotomia com o cenário da orla de Itaparica, por outro, pouco mais tarde, enquanto descansávamos no banco em frente à Praça da Quitanda, ouvi uma voz infantil, próximo a nós, dizendo apressadamente:
- Vem logo, vem ver, vem logo ver! ...
Deduzi que aquele menino, de cerca de 8/ 9 anos, desejava me mostrar algo que certamente o encantava, devido ao tom de seu chamamento, além de não desviar os olhos do mar, que naquele horário era apenas iluminado pelo fraco poste de luz e a tímida lua.
Seu bracinho direito, freneticamente, sacudia seu indicador, apontando para mim alguns siris agitados e uma passiva estrela do mar que repousava sobre uma pequena pedra, nas águas translúcidas da maré baixa.
Deixei de olhar o mar para fixar o rostinho daquela criança, certamente, oriunda de alguma cidade sem mar e deliciei-me com a candura de sua enorme descoberta, e por alguns instantes, me senti na presença de Deus, transfigurado na figura pura e ingênua de um apenas menino.
Estou sempre atenta, pois o DEUS e o DIABO estão sempre nos rondando e é preciso sensibilidade para reconhece-los, separando o joio do trigo, enxergando, acima de tudo, a vida no seu permanente fascínio.

E o nosso sábado foi, simplesmente, fascinante.

ALÔ! ALÔ Guarda Municipal.


Não sei se é normal a guarda não trabalhar nos sábados à noite. No entanto, onde as pessoas se aglutinam e a bebida circula, ideal seria que pelo menos, fosse mantido um plantão para emergências no próprio quartel.
Eu e meu marido e todas as pessoas que circulavam na orla de Itaparica, puderam testemunhar uma família colocar mesa e cadeiras na ciclovia e em parte da calçada, impedindo o ir e vir.
A mureta servia de bancada para as garrafas de vidro de cerveja, isopor, latinhas de cerveja jogadas no piso, etc., e tal, num desafio total a todos os transeuntes, visivelmente alcoolizados.
Eu e Roberto, fomos até o quartel da guarda e apesar de estar fechada, percebemos luz acesa e ruído de cadeira sendo arrastada, no entanto, ninguém se dignou a verificar do que se tratava.
Creio que a guarda Municipal, também é um suporte de apoio nas emergências, seja para tomar medidas ou acionar a quem de direito. Afinal, poderíamos estar passando mal físico ou termos sido assaltados.
Gostaríamos de poder contar com tão prestigiosa corporação, mesmo depois da caída do sol.
Itaparica e seu povo agradecem.
Horário do ocorrido: 18:30 hs

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

LAMENTÁVEL


Quanto mais estudo a mente humana no seu relacionamento social, mais convenço-me que nada sei, mesmo reconhecendo que os comportamentos se repetem sem muitas novidades, tendo sempre como padrão básico, a incapacidade humana de se enxergar no outro sem que, haja a adição da inveja ou da rejeição, tudo naturalmente, estimulado pela ganância, insegurança ou total alienação.

Pense nisto e bom dia!!!

NADA PESSOAL

Caráter de político é como programa de quenga, varia conforme a taxa estabelecida com o cliente. E que me perdoem os políticos amigos, que são muitos, mas todos bem sabem que falo a verdade e, talvez, não devesse por ser politicamente errado, mas cá entre nós, tirando um aqui e outro acolá, geralmente sem futuro longo, a concorrência do mal caratismo só cresce e se aperfeiçoa.
Idealismo político e religioso é coisa rara de se ver, pois onde há dinheiro e poder, rapaz... 
O bicho pega.
E cuidado com quem se intitula “liderança política”, pois são aprendizes de feiticeiro, mais um aluno aplicado no curso intensivo da malandragem legalizada.
E aí, tem uma vaguinha para mim?
Quem não quer essa boquinha? 
Isto, também não é verdade?
Salve, salve ser humano! ...

SEM SAIR DA CAMA...


Adormeci em Itaparica e acordei em Brasília. Pode uma coisa destas sem sequer sair de casa ou mesmo da cama?
A mente pode tudo e como num filme longo de muitas histórias, vez por outra, se revela, trazendo ao consciente o relevante de algum momento,
Digo que são os “flashes de memória” que tiram das gavetas da mente os grandes momentos de início, meio ou fim de uma determinada história que, afinal, foi capítulo importante de nossas vidas.
A cena escolhida nesta madrugada aconteceu em 1971, quando após um longo dia de trabalho, meu Roberto deitou-se no sofá e, com os olhos fechados, passou a ditar para mim que, sentada na beiradinha dele, tudo anotava num caderninho, assim como registrava em minha mente.
Esta cena se repetiu por vários dias daquela semana, até que finalmente, em uma certa noite, comemoramos a criação de todo o sistema de circulação do que viria a ser o jornal Diário de Brasília.
E pensar que éramos apenas dois jovens, ainda na casa dos vinte, e que o assunto em pauta era de total estranheza, além do fato de apenas eu trabalhar no jornal e numa área absolutamente diferente do assunto em questão.
Havia nos jovens de antigamente, creio que devido ao ensino formal e à curiosidade sempre biologicamente latente, uma necessidade de ir mais além, e para tanto, não só não existiam formulas prontas para tudo, como havia o desejo de provar do orgasmo da superação pessoal.
Essa combinação totalmente paradoxal, quando decodificada através de muito esforço pessoal, representava um derrame de adrenalina que estimulava a mente, despertando o senso lógico, e aí, os milagres aconteciam e se multiplicavam.
Éramos jovens saudáveis, idealizadores, mas sem nenhum senso maior de praticidade financeira, apenas com muita vontade de realizar e, é claro, como sempre, haviam aqueles que se beneficiavam.
Esta foi a grande falha da nossa educação tanto doméstica, quanto formal na época. Não nos foi estimulado a transformar em moedas os conhecimentos adquiridos.
Foram tempos lúdicos, mas foram tempos felizes.
Penso então que quando verdadeiramente se quer criar, produzindo qualidade, não precisamos de muito, além de conhecimentos, talento e boa vontade, seja lá do que for.
Daí minhas sérias críticas ao flagelamento que veio ocorrendo no sistema educacional, tirando ao longo das últimas décadas a criatividade individual, que é um atributo pessoal que precisa ser estimulado, instigado, através de desafios à mente.
Dissertar foi substituído pela múltipla escolha e o estudar para entender, passou a ser tão somente, um jogo, onde a sorte desafia o conhecimento.
O conhecimento básico do todo que era a estrutura da formação e estímulo à especialização pontual deste ou daquele assunto se restringiu, e com isto, os conhecimentos se fracionaram, limitando a visão do todo e o querer saber mais e mais dos universos existentes à serem explorados.
Claro que toda a regra tem sua exceção e é por esta razão única que se pode ainda encontrar jovens fabulosos, colégios criativos, professores ímpares e famílias estruturadas.





terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

E aí, entre as lembranças das luzes da ribalta e a visão das ruas desertas e sombrias, após dias de profunda inquietação, a rotina do cotidiano vai despertando, deixando para trás os devaneios, os sonhos e as ilusões.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Afinal, o que se quer?


Percebo que de uns anos para cá, cada notícia possível de se tomar conhecimento através dos meios de comunicação, suscitam nas pessoas reações fabulosas, já que cada uma, de repente, tem opinião formada e se torna incrivelmente especialista no assunto, que pode variar absurdamente entre a qualidade dos sons atuais de músicas e cantores, ao desempenho de Procuradores e Juízes, isto sem falar da economia, previdência, futebol, guerras internacionais, direitos humanos, assim como discursam sobre ética e política como se fossem PHD, tudo a depender da manchete do dia.
Isso se por um lado é maravilhoso, pois de alguma forma aprende-se e ensina-se, por outro, tornou-se um espelho sem retoques da realidade do que nos tornamos como cidadãos de um país perdido em meio ao seu próprio caos.
Pensa-se Brasil, propõe-se soluções, acreditando-se conhecer as raízes profundas da origem de cada problema e até sabemos a solução, de preferência apaixonadamente partidária, mas não nos sentimos capacitados para cuidar de nossas cidades, bairros e ruas e, até mesmo, de vidas particulares, já que grande parte dos problemas do Brasil advém de pessoas mal informadas em todos os níveis, que sistematicamente, deixam-se  levar por ilusões disseminadas em palanques ou, o que é pior, agindo egoisticamente em relação ao seu assunto pessoal, desconsiderando o tudo mais de todos os níveis, mas que representa o coletivo, caminho único de solução para se construir civilizações decentes com requintes de humanidade.
Defendemos ou atacamos sem qualquer maior intenção que não seja a solução do que cremos ser o melhor para cada um de nós, e nisto, verdadeiramente, sem hipocrisia não adentra o vizinho. Quem sabe um dia, sejamos capazes de compreender que andorinha sozinha não faz verão e que é preciso unir forças para quebrar paradigmas velhos e corroídos, buscando em primeiro lugar, arrumar a própria casa, olhando, pensando e agindo em todas as áreas, buscando entendimento do porque nossas vidas saíram do rumo, permitindo com o nosso silêncio de cumplicidade a derrocada dos valores éticos e morais, certamente não perfeitos, mas que continham os excessos de todas as naturezas e, concomitantemente, regrando nossa economia doméstica, buscando soluções práticas e reais às nossas realidades, assim como, legitimamente amparados no voto oferecido, cobrar ações efetivas e não apenas discursivas dos nossos tão próximos vereadores, comandantes, delegados, juízes, promotores e Prefeitos, atitudes coerentes a seus cargos e responsabilidades, e aí sim, lembrando-os a cada instante que são funcionários e não celebridades e que, como tal, devem baixar as cristas e realizarem o que são rigorosamente bem pagos para fazer.
Concluo que é mais fácil olhar para o céu para não enxergar a terra lamacenta que pisamos e que, certamente, continuaremos a pisar, justo por sermos um povo metido a entendido nisto ou naquilo, mas absolutamente vazio de conteúdo e muito menos portadores do bendito senso avaliativo.

Agora, a intervenção militar é o buchicho da hora, e enquanto isso nosso terreno fica sem varrer e nossas autoridades, chiques e importantes, deitam no berço esplêndido de nossa própria ignorância social.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

VONTADE DE CHORAR


Até mesmo gente como eu, que desde muito cedo optou em ser durona, em dado momento, tudo que deseja é encontrar um ombro amigo para simplesmente chorar e aí, passa um filme acelerado sem som, apenas imagens de amigos, conhecidos e parentes, sem que haja, uma pausa sequer para escolher, um só ombro para chorar.
As lágrimas desaguam sem pedir licença e muito menos abre espaço para lamentações, talvez há muito represadas, rompem o dique e tão somente, me inundam.
Lembro então de uma observação feita por meu pai, no auge de seus 86 anos, quando o surpreendi, chorando, solitário na poltrona da sala.
-“Choro pelo mundo, pelo muito já vivido e pelo pouco que consegui alterar. Choro de tristeza e alegria, choro pela vida que sinto me abandonar. ”
E assim estou chorando...
Pelo mundo que curiosa quis um dia compreender.
Chorando pelo pouco que também, consegui alterar.
Chorando pelo meu tempo que safado, insiste em terminar.  
E pensar que como sonhadora, quero ainda muito nesta vida realizar.
Ah! Como eu gostaria de um ombro amigo, apenas para chorar...




segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

DISCURSOS E NADA MAIS


Nada como uma segunda-feira gorda de carnaval, depois de um saudável e seguro banho nas águas mornas de Itaparica, para deixar a mente já descansada, voltar ao raciocínio das coisas práticas da vida e, não há nada mais empírico do que a nossa alienação, enquanto cidadão.
Habituamos a nossa mente e chamamos isto de cultura, tão somente, acolhermos o que na verdade nos empolga, nos impressiona com cores, brilhos e sons, que mais do que entorpecer nossos sofrimentos sistêmicos, ainda nos estimula a acreditar no intangível, já que verdadeiramente, lá no fundo da mente, muito disfarçado, se encontra a negação ao certo e ao ponderável.
Duro ter que admitir que somos um povo com forte tendência ao mau-caráter, repletos de artifícios que se desdobra em camuflagens, só para disfarçar nossa necessidade sempre presente de escolhermos o pior que existe, como reflexos de nós mesmos.
Única e consistente razão que encontro para justificar a não escolha de políticos que apresentem ao invés de promessas de contos de fadas, propostas sérias e renovadoras.
Buscamos o lúdico, o imponderável, buscamos um mar se abrindo, como redenção, quem sabe de nós mesmos, por sermos incapazes de deixarmos de lado nossos vícios e pecados, para então, elegermos um Deus salvador.
Queremos o certo, o coletivo, o respeitável?
Queremos propósitos, leis e punição?
Queremos segurança, bem-estar e educação?
Queremos liberdade ao invés da libertinagem?
Queremos ordem, disciplina e bom senso?
Talvez queiramos tudo isso e com certeza, bem mais, ao pé dos palanques, em prosas e em poesias, flamulando bandeiras em noites estreladas.
Mas o que verdadeiramente nos completa é o tudo mais que nossas escolhas nos ofertam ao som do trio elétrico, com gosto de cerveja, resvalando nossos corpos uns nos outros, fantasiando alegrias de tão somente, ocasião.
Somos os mestres dos discursos, das piadas de salão.
Somos troncos sem raízes.
Somos uma terra fértil, sem chão.
Vivemos como as estrelas, perdidos na multidão, sem um céu que nos abrigue, restando-nos unicamente, a ilusão.


domingo, 11 de fevereiro de 2018

O ABANDONO É VISÍVEL


Ontem, enquanto estávamos na praia em Ponta de Areia, eu e meu marido lembramos dos carnavais de anos anteriores e dos muitos momentos de descontração e alegria que desfrutamos na orla com vizinhos e amigos e o mais importante, na mais tranquila segurança. Concordo que é preciso averiguar o que está ocorrendo, pois, Ponta de Areia e Amoreiras estão, meio que abandonadas e consequentemente, sem o brilho natural desta época do ano. Conversando com um guarda municipal, ele argumentou que não há efetivo para cobrir toda a cidade, também a polícia militar nesta época, pelo menos nos anos anteriores, ainda emprestava o pouco que tínhamos de efetivo, não sei agora. Bem, a decadência da mais bonita praia da cidade, além da única, capaz de receber um número maior de visitantes, tem neste verão, suas areias sujas, repletas de pedras, diminuindo visivelmente a participação de turistas, veranistas e até mesmo moradores. O Ibama e os demais órgãos responsáveis, só impedem Itaparica de cuidar de seu meio ambiente, pois em outras cidades, não há tanta interferência deles, levando-nos a acreditar que talvez, a atual gestão, não esteja dialogando adequadamente com os mesmos. Afinal, a preservação, não inclui o risco de pessoas serem feridas ou impedidas de usufruírem o seu espaço, para o qual, pagam impostos. Torcemos para uma cidade mais adequada a todos, preservando valores locais, mas acima de tudo, valores humanitários, caminho único de aprendizado em relação a preservação ambiental.
Indiscutivelmente, este foi um verão fraco para os barraqueiros e certamente, decepcionante para todos que vieram conhecer a “princesinha da baia de todos os santos”, optando pelas bandas da nossa amada Orla de Ponta de Areia e Amoreiras.
Sou moradora local a mais de 15 anos, frequento a praia diariamente e jamais fechei meus olhos a favor de qualquer intenção partidária em relação as muitas mazelas já encontradas.
A coisa está feia e eu poderia fazer uma lista do caos, incluindo apropriação indevida das areias com construções, o que significa esgoto, diretamente sendo jogado a menos de 200 metros do início da concentração de pessoas para o uso das águas, ainda cristalinas de nossas praias.
E aí, onde se encontram o IBAMA e a nossa secretaria de meio ambiente que nestas horas, nunca aparecem?
O mesmo se enquadra nas invasões de lotes e casas acompanhados do uso indevido de água e luz, que quando denunciado, nada acontece, só é possível escutar um enorme e sem fim jogo de empurra de um órgão para o outro, restando ao cidadão de bem, ficar calado vendo os desmandos constantes e a obrigação de pagar seu IPTU que aliás, veio com aumento que eles adequadamente, chamam de correção, já que a Câmara de Vereadores, bloqueou os aumentos pretendidos.
Até quando, sofreremos de gestão em gestão sem que nada realmente significativo nos faça sentir, que finalmente, somos cidadãos respeitados nos nossos direitos?
Até quando, seremos promotores do bem-estar de grupos políticos que se alternam no poder, tão somente, para fazê-los felizes, enquanto, a nós só é reservado as obrigações?
Até quando, exigirão de nós, paciência e resignação sem direito a qualquer tipo de reivindicação, sem que sejamos taxados de “Turma do Contra”, como chavão vergonhoso das inoperâncias existentes?
Até quando?
 Regina Carvalho - cidadã moradora de Ponta de Areia que esperou pacientemente, 15 anos para ver passar em sua rua um trator retro- nivelador, do qual, agradeço.





sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

SORVETE DERRETIDO


Costumamos dizer:
- “Vou eliminar fulano(a) de minha vida”, como se fôssemos os únicos a desejarem esta proeza, descartando qualquer possibilidade do outro(a), estar com a mesma intenção em relação a nós.
Ledo engano quando, acreditamos sermos os únicos que já não aguentamos mais a relação, afinal, o desgaste é mútuo em qualquer circunstância. O que pode ocorrer é que por inimagináveis razões, um lado se adianta na colocação de um ponto final. 
Também existem aqueles, que mesmo insatisfeitos, vão seguindo em frente, não sem constantes lamentações e não se pode esquecer de outros que mesmo infelizes, insistem numa continuidade, pois não podem admitir a perda ou derrota da relação.
Bom seria se fôssemos mais atentos e não deixássemos entrar em nossas vidas pessoas, tão somente, pelas razões fúteis de quase sempre, até porque, muitas ao entrarem, deixam as portas das suas vidas bem fechadas para nós. Geralmente, são invasivas com suas presenças marcantes, seja pela beleza, simpatia, generosidade etc., e tal, são criaturas de alguma forma fascinantes e que nos acenam, justo com o que mais desejamos naquele instante.
Afinal, uma relação é sempre uma possibilidade, pois não existe e muito menos se desenvolve algo entre duas pessoas, onde algum interesse não esteja presente. E isto, não é nada ruim, pois é assim que as relações se desenvolvem e os sentimentos produtivos acontecem, seja no campo amoroso ou profissional.
O que nos falta é a devida observância, pois somos tão inseguros e necessitados de alguma coisa que preencha o nosso vazio interior ou até mesmo do bolso, que nos atiramos como aventureiros irresponsáveis, tão logo, encontramos um aceno convidativo.
E aí, nem tudo são flores e o tempo que as vezes pode ser bem rápido, deixa aflorar a nossa decepção que geralmente, não é unilateral e o bom, agradável e que muito prometia, vai se derretendo como um sorvete no calor intenso, restando muitas vezes, apenas a lambança que incomoda e faz sofrer.
Está certo, escrevi bonito, mas e daí?
Como não entrar numa furada ou pelo menos, sair dela sem tantos arranhões?
Bem como sou uma apaixonada de plantão, impulsiva sem correção e entusiasmada por natureza, lhes digo, sem qualquer cerimônia, que não tenho a receita que seja capaz de acabar com as delícias dos riscos de qualquer relacionamento e que mesmo que tivesse, jamais contaria ou até mesmo, colocaria em prática na minha vida, afinal, viver é antes de tudo, estar aberto, disponível e sempre disposto a vencer os naturais desafios.
E se o sorvete derreteu e lambuzou a sua vida, lave-a com água e sabão e se for o caso, transforme em moedas o seu adeus, pois é sempre muito barato, livrar-se de um engano, mas jamais permita que seja lá quem for, determina a qualidade dos seus instantes presentes, pois são únicos e insubstituíveis.
Que o dia de hoje, não seja de lamúrias, apenas de liberdade, abrindo espaço para novas perspectivas.



O UNIVERSO SE FAZ PRESENTE


Os sinos dos festejos universais estão batendo por este mundo de meu Deus, numa sintonia absurda, ou pelo menos, impossível de ser devidamente mensurada pela capacidade humana de compreensão.
Não fazem barulho audível, apenas tilintam anunciando novas perspectivas do universo para contigo e os teus, e assim ocorre a cada ocasião em que o mundo ou as forças da vida se voltam para focar um único ser dentre tantos.
Dirás:
 - Como isto é possível?
Digo-te que tudo é possível quando a vida encontra o bendito equilíbrio, nem que seja tão somente através de uma única e extraordinária partícula que a compõe.
A serenidade de tua alma atingiu o seu ponto favorável, onde não há possibilidade de retrocesso, apenas continuidade.
Sorva, portanto, o néctar que te chega como alimento maior e curva-te à certeza de que tudo é absolutamente possível se assim a criatura humana o desejar, utilizando pouco mais da infinita pequenez com a qual viciou-se a conviver.
Tua mente é o teu Deus, que opera em ti com a sabedoria do universo que nada molda, apenas corrige o que está disponível para sê-lo.
Respire fundo, observando-te, através do sol pleno que te cobre e te esquenta a alma, acreditando que este é mais um passo definitivo que foste merecedora em dar, frente aos teus empenhos evolutivos.
Tudo pode parecer pouco ao desavisado ou distraído, mas é um recurso a mais em poder de vida e liberdade para o “cosmos”, repleto de energias sedentas deste néctar conquistado por ti.
Olhas ao redor e és capaz de enxergar beleza onde outros tantos só serão capazes de enxergar o que ainda falta.
Não conseguem compreender a essência da verdadeira riqueza, cobrindo com o dourado do ouro as estruturas inacabadas de si mesmos.
O teu quinhão está guardado e os teu recebem na medida de seus merecimentos pessoais.
Respondemos à tua indagação?
Abraça o teu quinhão e já estarás contribuindo em muito com o tudo mais.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

O LEGAL, QUE É IMORAL...


Faço um enorme esforço em não me expressar como se minhas premissas possam ter a conotação de verdades absolutas, portanto, mesmo sendo uma pessoa extremamente emocional, busco embasar meus comentários além da simples opinião, afinal, são bem distintos nos seus conceitos.
Estamos vivenciando anos difíceis de convivência em todos os níveis e muito destas dificuldades advém do excesso de liberdade que os meios de comunicação nos propiciam, abrindo na mente de todos nós infinitas oportunidades de expressarmos sobre qualquer assunto, algumas vezes com uma veemência de alguém com profundos conhecimentos, quando na realidade, por ouvir falar ou até mesmo vivenciar, traçamos opiniões pessoais, sem qualquer maior embasamento que sustente uma discussão sadia em meio aos naturais contraditórios.
Fala-se muito em imparcialidade, mas sinceramente, não acredito que sejamos capazes de tê-la, pois em tudo que fazemos, colocamos os nossos sentimentos e emoções, por mais “lógica” que venhamos a colocar na nossa mente.
Bem, toda esta introdução tem como objetivo a busca de um entendimento em relação ao que constatei, nesta manhã, quando em visita ao HGI, que se encontra em reforma e num ritmo acelerado.
Só queria entender por que funcionários da Prefeitura estão prestando serviço à SESAB e ao Instituto Fernando Filgueiras – ou à Fundação José Silveira -, quando deveriam estar atuando nas comunidades, consertando ruas, num aproveitamento do sol pleno em ritmo acelerado como prevenção ao inverno que se expressa em chuvas em nossa região e que não tarda em chegar.
Naturalmente, tenho certeza que esta boa vontade da gestão em relação ao HGI está rigorosamente amparada nas leis, mas, será moralmente certo, já que esta obrigação não cabe ao Município?
Não ter-se-ia outra forma de colaborar com um governo que nos deixou a ver navios por tanto tempo e por uma empresa que ganhará política e financeiramente muito bem?
Pessoalmente, gosto da ideia de poder voltar a ter esperança de dias melhores em relação ao Hospital, mas, também triste, por constatar, mais um exemplo que de nem sempre o legal é rigorosamente moral e que, provavelmente, este vício comportamental de se confundir valores é que nos trouxe a este atraso em quase todas as áreas, abrindo espaço para as inadequações sociais e políticas que nos mantém reféns da falta de ideologias que, sem dúvidas, fundamentam ideias e ideais.
Eu só queria entender...



ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...