quinta-feira, 21 de setembro de 2017

AH! COMO É DIFÍCIL...


Quão solitária é a tarefa de quem se atreve a pensar e registrar a vida em suas infinitas nuances.
Para o escritor, não há trégua mental, já que qualquer movimento ao seu redor não lhe escapa e qualquer um deles, torna-se surpreendentemente, uma provocação.
Provocação que se transforma em inspiração profunda como uma necessidade visceral de mergulhar no emaranhado da grandeza, beleza ou no absurdo que se apresenta.
Não basta só relatar, descrevendo ou imaginando o existente, necessário se faz buscar o entendimento do não visto, mas que não foge da sensibilidade do observador contumaz.
AH! Como é difícil ..., pois nem mesmo aqueles que nos amam, são capazes de compreender os caminhos de uma visão mais realística, despidas das firulas sistêmicas que viciadas, insistem em colocar névoas envolventes nos olhos distraídos ou míopes das criaturas, fazendo-as acreditarem no medíocre óbvio.
Difícil, mas absolutamente, apaixonante, capaz inclusive de num só instante, me fazer visitar o céu estrelado e o inferno efervescente, moldando-me com a forja do querer enxergar sempre mais além, para que eu sinta a vida nas suas mais emaranhadas entranhas, sem que o brilho do belo e do magnífico, se ofusque.
Adoro escrever, realizo-me, até mesmo quando, não sou devidamente entendida.



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