Quão
solitária é a tarefa de quem se atreve a pensar e registrar a vida em suas
infinitas nuances.
Para o
escritor, não há trégua mental, já que qualquer movimento ao seu redor não lhe
escapa e qualquer um deles, torna-se surpreendentemente, uma provocação.
Provocação
que se transforma em inspiração profunda como uma necessidade visceral de
mergulhar no emaranhado da grandeza, beleza ou no absurdo que se apresenta.
Não basta só
relatar, descrevendo ou imaginando o existente, necessário se faz buscar o
entendimento do não visto, mas que não foge da sensibilidade do observador
contumaz.
AH! Como é
difícil ..., pois nem mesmo aqueles que nos amam, são capazes de compreender os
caminhos de uma visão mais realística, despidas das firulas sistêmicas que
viciadas, insistem em colocar névoas envolventes nos olhos distraídos ou míopes
das criaturas, fazendo-as acreditarem no medíocre óbvio.
Difícil, mas
absolutamente, apaixonante, capaz inclusive de num só instante, me fazer
visitar o céu estrelado e o inferno efervescente, moldando-me com a forja do
querer enxergar sempre mais além, para que eu sinta a vida nas suas mais
emaranhadas entranhas, sem que o brilho do belo e do magnífico, se ofusque.
Adoro
escrever, realizo-me, até mesmo quando, não sou devidamente entendida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário