quinta-feira, 7 de setembro de 2017

A PERGUNTA É:


- Como administrar uma cidade agradando a todos os cidadãos?
RESPOSTA:
- Impossível
Pois é, então a melhor solução é sempre manter o diálogo entre o povo e o gestor com a finalidade única de maior transparência quanto às intenções atreladas em cada ação empreendida.
Quando somos surpreendidos nas ruas de qualquer cidade com ações administrativas que tenham o apoio de policiais, como por exemplo, a retirada de camelôs de qualquer natureza, nossa primeira reação é de revolta.
Afinal, num país com 14 milhões de desempregados, com um índice de violência no ranque dos maiores do mundo, como reprimir um trabalhador?
Nossa reação é normal, exatamente porque nos colocamos no lugar de quem está sendo, digamos, impedido de trabalhar, e aí, a emoção nos domina, abafando imediatamente a razão e consequente lógica, também naturalmente existente na ação.

Portanto, para sermos justos, teríamos de ter conhecimento dos fatos envolvidos na ação, além de nos colocarmos também no lugar dos demais, como moradores e comerciantes, sem falar de mós mesmos, pois, de uma forma ou de outra, somos também lesados com a falta de ordenamento das ruas e avenidas com os tumultos, aglomerações, sujeiras e transgressões que acabam por nos atingir de alguma forma.
Cabe aos órgãos públicos, a criação de locais apropriados para que estes ambulantes possam ganhar seus legítimos proventos, resguardados e adequadamente instalados.
Todo o restante que possamos imaginar ser o ideal, não passará jamais de “impulso caridoso” de nossa parte, mas que logo em seguida passaremos a cobrar o inverso dos órgãos públicos, como por exemplo:
- Calçadas livres para que possamos transitar com a devida segurança.
-Limpeza e conservação das calçadas para que possamos, assim como os deficientes físicos, transitar com o respeito que merecemos ter, sem precisar andar entre os carros, colocando em risco nossas vidas.
Se somos moradores do local, nos aborrecemos pela sujeira, barulho, falta de um mínimo de privacidade, xixi em nosso muro etc.
Se somos comerciante, pagando impostos, aluguel, água e luz, oferecendo empregos e segurança aos nossos clientes, na maioria das vezes com extremos sacrifícios quanto a sobrevivência, reclamamos da concorrência desleal, do tumulto à nossa porta impedindo o entrar e sair de nossos clientes.
Se seguirmos por este caminho de uma análise com um mínimo de bom senso, certamente acabaremos chegando ao “bem comum”, expressão que adoramos exigir dos gestores, assim como ouvimos nas infindáveis promessas de campanhas, mas que por falta da bendita cidadania, nos deixamos confundir no nosso ir e vir de cada dia.
Calçadas, praças e esquinas são criadas para que possamos caminhar.
Box, lojas e shoppings, para que possamos comprar.
Cada coisa em seu devido lugar, assim como:
Prévios acordos de qualquer natureza devem existir para que possamos ter equilíbrio nas nossas relações e negociações, assim como reeducar nossos hábitos e costumes, nem sempre adequados à maioria é nosso dever de pessoa e cidadão.
Pensemos nisto em todas as vezes que de forma emocionada, retrocedemos nas mais primárias de nossas necessidades, olhando apenas as estrelas e nos esquecendo do universo no qual elas se abrigam.

Afinal, senso de pertencimento e de bem comum, não é só para quem pode, mas principalmente para quem quer ter.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cultura Itaparicana

Figura da Cultura Itaparicana, jogada às traças da indiferença e o local que deveria ser um ponto de reconhecimento de vida, só foi devidame...