quinta-feira, 28 de setembro de 2017

PENSANDO


Sou uma pobre poeta
Que encontra no vento frio
O calor de uma alma amiga,
Confio em um sorriso
Banho-me em uma lágrima,
Apaixono-me por um olhar.

( livro Força Estranha) Regina Carvalho

domingo, 24 de setembro de 2017

EU POETA?


Quando fui convidada pela produção do FITA, para participar deste evento, imediatamente pensei: 
Que maravilha!
Em seguida ponderei comigo mesma o fato de não me sentir capaz de me qualificar sequer como escritora, quanto mais poeta na terra berço do erudito Ernesto Carneiro Ribeiro e de João Ubaldo Ribeiro, autor premiado e consagrado mundo à fora.
Lembrei-me então de Sebastião Salgado, mestre dos mestres da fotografia que mesmo nascido nas Minas Gerais, em terras de monstros sagrados da literatura, como Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade, lançou-se poeta dos registros fotográficos e ganhou o mundo, poetando em imagens à vida nos mais belos e nos mais feios instantâneos da humanidade.
Os dias foram passando, minha alma se acalmando e a mente amiga e parceira foi descortinando o já sabido, afinal, poeta é todo aquele que é capaz de com a sua sensibilidade tocar o céu e a terra, revelando de forma amorosa, nuances dos atos contínuos de se sentir vivendo e convivendo, registrando os instantes com benditas letras, oferecendo brilho especial as cores do real ou do imaginário, mas por todo o tempo, doando o melhor de si mesmo.
Penso, então,, que sou poeta. 
Por que não? 
Poeta dos cantos e dos lamentos de tão somente, viver.
Poeta menina, poeta mulher, poeta das flores, poeta da alegria, poeta da dor, poeta Regina, repleta de amor.
Vem ser poeta também...

sábado, 23 de setembro de 2017

TERNURA


Esta foi uma semana em que a vida me foi particularmente gentil, amável, benevolente, cobrindo-me de zelo, amparando minhas fragilidades com compaixão e afeto, fazendo com que eu me sentisse mais suave e amorosamente integrada a ela e ao tudo mais que ela apresenta como alternativa de convivência.
Creio que este pacote de intenções que a vida me proporcionou de forma tão coesa e evidente foi, tão somente, para que eu jamais esqueça que viver é, acima de tudo, um usufruir de sua ternura, se carinho e gentileza oferecermos a ela.

Ação e reação, simples assim.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

QUE VENHA O MELHOR


O bucólico nos serve de boas lembranças de um tempo que não se encaixa mais em meio ao movimento natural do desenvolvimento do sistema social que nós mesmos fomos construindo ao longo dos tempos.
É sempre bom pensar, como forma de consolo, que somos capazes de frear o crescimento que nem sempre nos parece lento, mas se observarmos a história da humanidade, esta ideia se perde frente à lentidão evolutiva.
Os mais resistentes fincam os pés nos freios numa tentativa infrutífera de impedir um crescimento que a cada década se faz mais e mais necessário, mas tem o seu valor indiscutível, pois força as discussões e as consequentes avaliações, tão necessárias.
A Ilha que conheci há 15 anos quando aqui cheguei, não é a mesma de hoje em dia e não será igual daqui a algum tempo, e isto não precisa ser ruim se estivermos participando na seleção das opções.
Mas enquanto mantivermos os braços cruzados, só enxergando entraves, revelando um atavismo sem sentido ao bem comum, certamente continuaremos entregando nem sempre ao adequado o nosso próprio destino.
Uma vez que a porteira do progresso foi aberta, não é mais possível frear-se a manada, tudo que podemos fazer é ordenar o destino da mesma, com muito trabalho de equipe e muita determinação individual
A chegada de grandes comércios à cidade não pode ser encarado como destruição dos comércios menores, mas sim como o início de uma nova realidade, pois atrás desta, virão outras, abrindo espaço para uma legião de empregos que, certamente, darão aos jovens suas primeiras oportunidades em permanecer em sua própria terra, sem precisarem migrar em busca de sustentabilidade pessoal.
Portanto, abraçar o inevitável progresso não precisa ser doloroso, mas exige de todos os envolvidos muita participação para que venha chegando sem maiores atropelos e sem soterrar as nossas histórias, permitindo-nos preservar o intocável, mantendo o espaço para as lembranças gostosas do bucólico que jamais se perderão em nossas mentes.
Na realidade, queremos acompanhar o progresso sem que nada se altere ao nosso redor e isto, bem sabemos, que é pura utopia.
Que venha o melhor possível, no aqui e agora.


quinta-feira, 21 de setembro de 2017

AH! COMO É DIFÍCIL...


Quão solitária é a tarefa de quem se atreve a pensar e registrar a vida em suas infinitas nuances.
Para o escritor, não há trégua mental, já que qualquer movimento ao seu redor não lhe escapa e qualquer um deles, torna-se surpreendentemente, uma provocação.
Provocação que se transforma em inspiração profunda como uma necessidade visceral de mergulhar no emaranhado da grandeza, beleza ou no absurdo que se apresenta.
Não basta só relatar, descrevendo ou imaginando o existente, necessário se faz buscar o entendimento do não visto, mas que não foge da sensibilidade do observador contumaz.
AH! Como é difícil ..., pois nem mesmo aqueles que nos amam, são capazes de compreender os caminhos de uma visão mais realística, despidas das firulas sistêmicas que viciadas, insistem em colocar névoas envolventes nos olhos distraídos ou míopes das criaturas, fazendo-as acreditarem no medíocre óbvio.
Difícil, mas absolutamente, apaixonante, capaz inclusive de num só instante, me fazer visitar o céu estrelado e o inferno efervescente, moldando-me com a forja do querer enxergar sempre mais além, para que eu sinta a vida nas suas mais emaranhadas entranhas, sem que o brilho do belo e do magnífico, se ofusque.
Adoro escrever, realizo-me, até mesmo quando, não sou devidamente entendida.



terça-feira, 19 de setembro de 2017

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Segundo Aurélio, significa:
Liberdade
Substantivo feminino.
1.Faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação.
2.Estado ou condição de homem livre.
3.Confiança, intimidade (às vezes abusiva).
Expressão
Substantivo feminino.
1.Ato de exprimir(-se).
2.Enunciação do pensamento por gestos ou palavras escritas ou faladas; verbo.
3.Dito, frase.
4.Representação; manifestação.
O que as pessoas não entendem ou preferem desconsiderar é que, esta atribuição que o homem crê que conquistou para si mesmo, também se estende ao outro, ou seja:
- Quem fala o que quer, precisa ouvir às vezes o que não quer.
Afinal, toda ação tem uma reação, que também muitas vezes é contraditória aos interesses de quem praticou a ação.
Não se trata de dente por dente, olho por olho, apenas uma dinâmica bem típica das relações de todo e qualquer ser vivo.
O problema é que por sermos dotados de raciocínio, que nem sempre é legitimamente lógico, cremos arrogantemente, que somos os mandatários deste atributo, acreditando que o inventamos como tantos outros e, então, desconsideramos a natureza que nos cerca e que, por todo o tempo, nos mostra esse dar e receber com clareza impressionante.
Bem, como sou uma observadora inveterada desta sempre mestra natureza, desejo como ação imediata à você que me lê, um dia de absoluta paz, esperando que como reação, desejem o mesmo à mim.!!!!!

SENTIMENTAL, EU SOU...


Sem ser Altemar Dutra e sua inesquecível canção.
Todavia, preciso reconhecer que sempre fui assim, demais nas emoções, numa passionalidade que comove minha mente e meu corpo, levando-me inexoravelmente a um estado de êxtase que se expressa em lagrimas amorosas, até mesmo, quando me vejo agredida de alguma forma.
Minha passionalidade foi sendo aliciada pelas vivências cotidianas e minha tolerância ao contrário de sufocar-me, aliviam-me, abrindo a porta da serenidade que só adoça o meu todo de criatura humana, ferida repetidamente em batalhas, em sua maioria evitáveis.
Ah! Como eu gostaria de ter crescido com os conhecimentos que tenho agora.
Ah! Como eu certamente estaria mais leve, mais encantada, como a tal borboleta dourada, que certa feita declamei com meus versos de menina moça sonhadora.


CORUJINHA DA MADRUGADA


Enquanto todo mundo dorme eu, já dormi e já acordei, sou uma corujinha da madrugada, protegida do barulho sistêmico e inspirada pelo movimento da diversidade da grandeza do silêncio da vida que encontra toda a sua liberdade, enquanto, a maioria dorme, não podendo assim feri-la, impedindo a sua plena expressabilidade.
Lentamente fui sendo acolhida ainda garota pela generosidade das madrugadas e timidamente, fui esgueirando-me entre as oportunidades maravilhosas que foram se descortinando.
Tudo é sempre novidade, sem assombramentos, apenas estão lá me aguardando em sua originalidade e eu, já adaptada serpenteio, tal qual o cipó-imbé o faz no tronco da mangueira, abraçando e sorvendo a seiva bendita que me mantém viva e produtiva.
Penso então que, enquanto, existir uma só criança que chegue neste mundo que dizem ser de Deus e nele não encontrar, abrigo, alimento e amor, todo o restante não terá sentido.
Enquanto, um único ser for agredido por outro, tão somente por ser negro, gay ou possuir uma deficiência de qualquer natureza, nós humanos arrogantes e prepotentes não poderemos nos sentir evoluindo.
Enquanto precisarmos enterrar as vítimas da vergonha do nosso atavismo, seja pela ação direta de nossa crueldade, seja pela omissão, alienação ou comodismo, o tudo mais que possamos adquirir, conquistar e desfrutar, será sempre o lixo terrestre colorido e brilhante que fomos capazes de produzir.
Ouvi por toda a minha vida que:
- A vida é assim ...
E sempre que ouvia pensava:
-Mentira!!!!
A vida é bela, completa e perfeita.
A vida é o “Deus” que a maioria louva, mas que raros são os capazes de reconhece-lo, amá-lo e verdadeiramente, respeitá-lo.
O “Deus vida” a todos e a tudo que pulsa energia e vigor, estreita em meio ao seu acolhedor abraço.

domingo, 17 de setembro de 2017

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

REFLETINDO

 “Se olharmos de forma absolutamente despidos de qualquer inerência sistêmica, perceberemos impactados que o absolutamente imutável é a própria vida que se renova a cada milionésimo de segundo, independentemente da vontade, da força, da determinação ou da pirraça louca da criatura humana.
A vida se transmuta, se recicla, se transforma, ensinando à criatura humana que como parte integrante deveria estar acompanhando a sua evolução ao invés de teimosamente achar-se egocentricamente mais sábia, mais forte para superá-la.
E nesta queda de braço desproporcional, a criatura humana se curva e se faz doer”.


domingo, 10 de setembro de 2017

IMPRESSIONANTE...


É madrugada, quase amanhecendo, talvez devesse estar dormindo, mas gosto de contrariar os roteiros constantes, iguais, massacrantes.
Abro a porta para que meus “poodles” entrem, pois não admitem eu, acordada e longe deles.
Que rico, meu Deus!!!
A brisa da madrugada traz consigo os aromas refrescantes que adentram em mim, abrindo passagem ao exibicionismo da vida em todo o seu gigantismo.
Penso então, que se dormindo estivesse, perderia este elixir, que me renova nas madrugadas que insisto em vivenciar.
E como um mel, suave e deslizante, sinto-te, ó vida, percorrendo o interior de meu corpo, abrindo passagem sem pedir licença, apenas me possuindo despudoradamente.
Incansável, faço amor com a vida ...
Sorvendo seu bendito gozo a cada amanhecer...



quinta-feira, 7 de setembro de 2017

A PERGUNTA É:


- Como administrar uma cidade agradando a todos os cidadãos?
RESPOSTA:
- Impossível
Pois é, então a melhor solução é sempre manter o diálogo entre o povo e o gestor com a finalidade única de maior transparência quanto às intenções atreladas em cada ação empreendida.
Quando somos surpreendidos nas ruas de qualquer cidade com ações administrativas que tenham o apoio de policiais, como por exemplo, a retirada de camelôs de qualquer natureza, nossa primeira reação é de revolta.
Afinal, num país com 14 milhões de desempregados, com um índice de violência no ranque dos maiores do mundo, como reprimir um trabalhador?
Nossa reação é normal, exatamente porque nos colocamos no lugar de quem está sendo, digamos, impedido de trabalhar, e aí, a emoção nos domina, abafando imediatamente a razão e consequente lógica, também naturalmente existente na ação.

Portanto, para sermos justos, teríamos de ter conhecimento dos fatos envolvidos na ação, além de nos colocarmos também no lugar dos demais, como moradores e comerciantes, sem falar de mós mesmos, pois, de uma forma ou de outra, somos também lesados com a falta de ordenamento das ruas e avenidas com os tumultos, aglomerações, sujeiras e transgressões que acabam por nos atingir de alguma forma.
Cabe aos órgãos públicos, a criação de locais apropriados para que estes ambulantes possam ganhar seus legítimos proventos, resguardados e adequadamente instalados.
Todo o restante que possamos imaginar ser o ideal, não passará jamais de “impulso caridoso” de nossa parte, mas que logo em seguida passaremos a cobrar o inverso dos órgãos públicos, como por exemplo:
- Calçadas livres para que possamos transitar com a devida segurança.
-Limpeza e conservação das calçadas para que possamos, assim como os deficientes físicos, transitar com o respeito que merecemos ter, sem precisar andar entre os carros, colocando em risco nossas vidas.
Se somos moradores do local, nos aborrecemos pela sujeira, barulho, falta de um mínimo de privacidade, xixi em nosso muro etc.
Se somos comerciante, pagando impostos, aluguel, água e luz, oferecendo empregos e segurança aos nossos clientes, na maioria das vezes com extremos sacrifícios quanto a sobrevivência, reclamamos da concorrência desleal, do tumulto à nossa porta impedindo o entrar e sair de nossos clientes.
Se seguirmos por este caminho de uma análise com um mínimo de bom senso, certamente acabaremos chegando ao “bem comum”, expressão que adoramos exigir dos gestores, assim como ouvimos nas infindáveis promessas de campanhas, mas que por falta da bendita cidadania, nos deixamos confundir no nosso ir e vir de cada dia.
Calçadas, praças e esquinas são criadas para que possamos caminhar.
Box, lojas e shoppings, para que possamos comprar.
Cada coisa em seu devido lugar, assim como:
Prévios acordos de qualquer natureza devem existir para que possamos ter equilíbrio nas nossas relações e negociações, assim como reeducar nossos hábitos e costumes, nem sempre adequados à maioria é nosso dever de pessoa e cidadão.
Pensemos nisto em todas as vezes que de forma emocionada, retrocedemos nas mais primárias de nossas necessidades, olhando apenas as estrelas e nos esquecendo do universo no qual elas se abrigam.

Afinal, senso de pertencimento e de bem comum, não é só para quem pode, mas principalmente para quem quer ter.

TUDO POR AMOR .


Penso no quanto, em minha educação foi esquecido o meu querer. Preterido os meus sonhos e tendências, gostos e aptidões em favor das escolhas deles que, aliás eram limitadas na época à uma menina de família classe média tradicional.
Não vista isso, não fale isto, não ande ou sente assim, não suje a roupa, não marque os sapatos de verniz e só fale se lhe perguntarem algo.
Não peça nada, não aceite nada e por fim, entendi que eu, não deveria ser nada além do que eles decidissem que era bom e adequado.
Tudo correu dentro do esperado, afora um detalhe que eles não observaram, a menina obediente crescia e toda a gama de desejos estava bem guardadinho, apenas esperando uma oportunidade para escapulir.
Mas como fugir se não haviam saídas a minha disposição e sequer coragem para buscar alguma, já que me esqueci de adicionar aos meus anseios de liberdade, as indiscutíveis estratégias de fuga.
Meu refúgio eram as palavras que se transformavam em versos e prosas, mas que faziam de mim uma jovem solitária, meio perdida, mas com certeza sentindo-se absolutamente só.
Minha solidão não me deixava sentir qualquer mal-estar ou tristeza consciente, mas certamente, levou-me a uma rebeldia expressa que me causou grandes danos emocionais que passei compensando por quase a maior parte de minha juventude, jamais impedindo-me de vivenciar grandes e inesquecíveis momentos, mas questionando por todo o tempo a mim mesma e ao tudo mais.
Havia um vazio constante, uma busca interior de algo que sequer conseguia mensurar, aliada a uma sensação de estar sendo sabotada nos meus sonhos e ideais, que nem mesmo sabia mais quais eram.
Uma loucura que me custou um longo período de ansiolíticos, clínicas e até internação para curar ou camuflar um grito de vida e liberdade que de tão sufocado, armazenado em minha mente e meus sentidos, pedia passagem para finalmente, poder me libertar.
Uma vez liberta, andando com os meus próprios pés, constato estarrecida que afora os desejos cerceados dos palcos iluminados e dos monólogos de sucesso, tudo o mais que fiz e que realizei foram escolhas minhas, genuinamente minhas que nem mesmo os sufocamentos foram capazes de me roubar.
Penso então, que a intuição da mente e do emocional, foram minhas constantes margens na cegueira que me impuseram ao cortar minhas asas com a ignorância de acharem que estavam fazendo, tudo por amor.
 Afinal, se não pude ser uma atriz nos palcos e nas telas, certamente o fui ao me inserir na vida, pincelando-a com as cores de minhas letras, sonetos e contos como o faço agora.




segunda-feira, 4 de setembro de 2017

CUIDADO COM A PAIXÃO


A adrenalina que move a paixão é sempre muito intensa, até porquê, não se sustenta, já que é fugaz.


domingo, 3 de setembro de 2017

SIMPLES, DESPRETENSIOSO E HUMILDE


Essa é a definição que caracteriza o “homem ideal”, que é aquele ser humano que não é vaidoso de si mesmo, seja física ou intelectualmente.
Mas como cultivar tais qualidades em um mundo cercado de interesses por todos os lados?
Daí dizer-se que cada homem é sua própria ilha.
Ilha de solidão existencial, onde por mais que se cerque de companheirismos e amores, encontrar-se-á em momentos específicos num profundo isolamento cognitivo de introspecção e reavaliação pessoal.
Exemplo afirmativo desta premissa é certamente, o sentimento de culpa que o persegue, mesmo que camuflado através de redenções religiosas, sorrisos fáceis, necessidade de aplauso na sua representação pessoal ou profissional, generosidades ostensivas, no uso abusivo, mas que garante ser social do álcool, das drogas e dos psicotrópicos.
Jamais consegui adentrar neste círculo privado de especiais, pois sou antes de tudo muito grata pelos dons que recebi de Deus, da vida, do universo. Nesta altura da vida, já não me importo saber de onde veio, mas se sou grata é porquê, reconheço em mim qualidades que fogem a outros, portanto, sinto em mim a pretensão e a vaidade, inimigos mortais da humildade.
Mas será que existe de verdade esta bendita humildade ou será apenas, mais uma fé necessária para termos um certo freio nas disputas vaidosas do quem sou e tu, quem és?

Um domingo sem culpas para todos nós, que reconhecemos, que ainda não somos a cereja do bolo.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Pois é


O tempo lá vai passando e a cada dia fico mais realista e isto, já não me surpreende ou amedronta como em tempos passados. O cotidiano tem se mostrado incansavelmente repetitivo e cada situação me é familiar, convencendo-me que as cenas e os personagens em nada se alteram, só diferem no elenco, ora mais talentoso e consequentemente mais convincente, ora mais medíocre, indiscutivelmente cansativo, mas com certeza, sempre muito explícito.
Os roteiros se alternam entre o dinheiro e o poder, entre a alegria e a tristeza, entre a vaidade e a estupidez e o desfecho é sempre entre o Deus ou o Diabo, dueto permanente e inseparável, condutores fiéis das posturas, dos sonhos e dos devaneios, desculpas imediatas para a ignorância.

Realidade provoca tédio.

ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...