domingo, 18 de junho de 2017

Hoje é domingo, e não preciso acordar pela madrugada para escrever, pois tenho não só a manhã, como todo o dia para fazer o que mais gosto.
Também no domingo, nada me interrompe e o silêncio que me rodeia em minha rocinha encantada de Ponta de areia, com certeza, ajudam e muito para que minha mente se foque não só nas belezas que me envolvem, mas principalmente reforçam o meu desejo de entendimento sobre os comportamentos humanos, fazendo de mim, a cada vez, um alguém mais interessado, quanto ao entendimento da mente humana no processamento dos dados recebidos, nas convivências cotidianas.
Hoje precisamente, elejo um incidente virtual que, colocou fim há muitos anos de admiração mútua, justo por causa deste difícil entendimento linguístico e falsos pressupostos, exemplificando o perigo sempre presente de se escrever algo que se está pensando, pedir a opinião alheia, sem ter o cuidado de explicar que se trata dela mesma ou, estar preparado para simplesmente ouvir a opinião solicitada dos outros.
Esse pressuposto de que o outro saberá trata-se de você é uma premissa absolutamente enganosa que, coloca o desavisado e todos nós, em dado momento podemos estar, em uma situação totalmente constrangedora, na realidade para ambos.
E aí, sem querer, colocamos o dedo na ferida do outro que, reage imediatamente, com a crueldade de quem se sente ferido no que supões ser sua respeitabilidade pessoal, esquecendo-se também imediatamente que, o outro, também tem a sua respeitabilidade e de forma consciente, contra-ataca num primarismo absurdo, próprio da arrogância dos que se sentem intocáveis.
E assim, a cada instante nestes colóquios presentes ou virtuais, agredimos e somos agredidos num pout-pourri de inadequações, num retrocesso nada piedoso, levando letrados ou não, ao caos dos desencontros.
Fácil então, entender-se o porquê da humanidade, mesmo diante de tanta globalização, onde novos parâmetros são oferecidos numa esperança de ampliação não só de conhecimentos, mas de visão de mundo e das diferenças, estar num contínuo andar para traz em termos emocionais e de entendimento humanitário do outro, proporcionando a si e aos demais atitudes próprias da era da barbárie, possível de ser constatado a cada dia através dos noticiários.
Inversão de valores, associado a uma individualidade crescente que exclui o outro sem qualquer complacência, onde o poder e a intolerância, ocupam o lugar bendito do diálogo.

Declamamos sobre liberdade, mas não soltamos o chicote de sinhozinhos que trazemos nas mãos e nas mentes.

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