Quando eu
estou aqui
Eu vivo este
momento lindo...
Como impedir os arrepios que sem
pedirem licença, percorriam o corpo e se transformavam em lágrimas discretas e
envolventes que completavam o quadro que transcendia em emoções naqueles momentos?
Foi assim em todas as vezes em que o
povo se reunia, o palanque era erguido, as luzes se acendiam e finalmente, a
música tocava, levantando bandeiras, induzindo às alegrias e muitos,
Haaaa!!!!...
Ninguém havia experimentado nada
igual e quando, pela última vez o show se reproduziu no Galvão, tudo parecia
ainda mais emocionante, pois havia no ar um clima de euforia mesclado a
esperança, difícil de ser reproduzido.
Corria o ano de 2008 e eu, debutava
na política e tal foi minha ingênua dedicação, que me esqueci de perceber que
tudo aquilo era só política, um show onde união, calor e emoção, eram fatores
de momento, tal qual a canção que tanto emocionou.
Esqueci dos egos, dos interesses
pessoais e da fantasia, tão própria destes momentos.
Como não me aturdir ao constatar a
cada emoção, que a fagulha se transformava em brasa, querendo já naqueles
momentos produzir luz própria?
Como vivenciar experiências únicas, planos
aparentemente compartilhados e permanecer indiferente?
Como reconhecer a ambição,
revestida de sedução?
Como querer reproduzir e ainda
mais entender o que simplesmente foi único?
Como esquecer da vaidade que
venda a alma, tornando-a absolutamente pequena?
Como voltar, se a música se calou,
os holofotes se apagaram, as bandeiras mudaram de cor e o encanto desapareceu?
Enquanto escrevo penso e, chego
mesmo a ouvir;
Se chorei ou
se sorri
O importante
é que emoções eu vivi....
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