que trevas são todas as posturas emocionais que determinam a
mutilação da criatura e, por ter sido inserida em um contexto existencial sem
que te tenham ensinado o valor exato de tua própria importância em meio ao
universo, por ignorância e quase total anulação de seus sentidos no aspecto
vibratório consciente, a criatura segue pelo único caminho que se apresenta que
certamente é o do desequilíbrio, perguntando a si mesma:
- Quem sou, de onde vim, para onde vou?
E como sombra de si mesma, atravessa o percurso de sua
vivência, ora matando-se lentamente, ora matando os demais, simplesmente não
sentindo e, portanto, como consequência não oferecendo nada, além da apatia de
sua vida expectante.
Enxergar a luz é, antes de tudo, encontrar em si, não uma, mas
razões infindáveis de existir, sem, no entanto, ficar questionando o que parece
estranho ou diferente, pois antes de tudo, enxergar a luz é buscar para
encontrar no tudo mais afinidades e, assim, reabastecendo-se e doando aos
demais benditas vibrações amorosas.
E aí o “por quê”, deixa de existir para dar lugar ao “tudo
bem”, passaporte livre para o amor.
Trecho do livro Deus e o Diabo escrito em Itaparica em 2005, por Regina
Carvalho.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário