sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Ah! Meu Deus...


O vento forte derrubou o ninho de sabiá que, frágil, equilibrava-se no galho fino do limoeiro e numa fração de segundos o minúsculo filhote de sabiá desabou sobre a grama, sendo imediatamente abocanhado pelo Mobi, um dos meus cães que, ao som dos nossos gritos e ao ataque dos pais alvoraçados, o largou de imediato, mas o estrago de seus dentes já se apresentava e o pequeno sabiá suspirou a morte na palma da mão de meu Roberto.
Ficamos abalados com a dura cena e mais ainda com o desespero dos pais sabiás que piavam desesperados cortando o jardim de lado a lado, expressando a dor de suas perdas.
Ainda agora, horas depois, a mãe sabiá permanece piando, já não tão agitada, em um galho da amoreira que fica bem em frente à janela de onde posso vê-la e descrever seus piados sofridos que deixam escoar o seu lamento, na esperança talvez de ter de volta o seu amado filhote.

Afinal, mãe é amor em qualquer expressão da natureza.

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