quarta-feira, 3 de setembro de 2014

APENAS PENSANDO


A tarde está se despedindo e os pássaros mais tranquilos, se despedem também deste dia ensolarado ao som de seus variados cantos e eu, cá estou com os meus cãezinhos, ainda me recuperando da recente perda de minha querida amiga e naturalmente, sou levada a refletir sobre minha própria vida.
Como os pássaros, levanto voo e rumo aos anos passados e inevitavelmente, penso no quanto permaneci na transgressão do sistema, não abrindo mão do resguardo da minha liberdade em ser e pensar por mim mesma, sempre também disposta a pagar o preço que o sistema hipócrita, não tem escrúpulo em cobrar.
Fugi da camuflagem  que estão sujeitos os sentimentos e emoções, justo para não ter que fugir de mim mesma, como já ainda muito jovem, observava nas pessoas a minha volta e, por pura intuição, sentia que precisava me defender de tudo que me parecia totalmente destoante e, confesso nem sempre foi fácil, mas também admito que, só valeu a pena rebelar-me contra rótulos e preceitos, absolutamente contrários a minha natureza livre, o que em momento algum se transformou em libertinagem, pois onde reside o entendimento da importância da vida, não há lugar para a falta de senso da também importância de si mesmo, mas também é claro, tudo por total intuição, pois a conscientização veio através das experiências cotidianas, assim como a certeza de que jamais serei capaz de assimilar qualquer modelo ideal de vivência, reservando-me apenas, o leve fardo.
A noite já chegou e os grilos substituem os pássaros, nesta festa contínua que é viver.

Para você que me lê,  “eu desejo um sopro do criador, numa atitude repleta de amor”, pois para ele, “a vida é  viver”.

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