Hoje acordei
ao som da chuva que caía pesada por sobre o telhado, som que particularmente
adoro e sentindo, ao mesmo tempo, um arrepiozinho gostoso percorrendo o meu
corpo.
Será o nosso
outono que finalmente decidiu aparecer, abrindo passagem para um pouco de
frescor?
Desvio o
olhar do computador para apreciar esta chuvinha constante, mas agora bem menos
densa, que em toques mágicos, reforça as cores das folhas e flores de meu
jardim.
Penso,
então, que tudo se transforma a cada instante, numa metamorfose fantástica,
deixando-me sempre maravilhosamente surpresa e desejosa de acompanhar esta
sábia natureza que, incansável, oferece
a cada instante infindáveis opções que certamente, se atenta estiver, muito me será
produtivo.
Claro que
não descobri todo este potencial neste instante, mas com certeza aprendi um
pouco mais, provavelmente me permitindo mudar também em algo, principalmente,
não me deixando esquecer que não posso e não devo ser estática e muito menos
volúvel, tão somente devo deixar o fluxo dos acontecimentos do meu cotidiano
direcionar minhas opiniões, exercitando o meu bom senso nas avaliações e tendo
a coragem de mudar seja no que for.
Ainda chove
lá fora e o cheirinho do bolo de fubá, vindo da cozinha, invade as minhas
narinas, sufocando o até então aroma de grama molhada, num bailado sensorial que
me faz gozar de alegria, pois não me deixa esquecer que estar viva é um
privilégio que, também, tem cheiro e sabor, dependendo tão somente do meu
empenho de movimentos, não me permitindo qualquer estatização que, afinal, mutila
e nos faz morrer.
Que o nosso
domingo seja de absoluta paz ao som da chuvinha gostosa que a natureza nos
presenteia e dos sabores que nós mesmos pudermos produzir.
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