sábado, 19 de abril de 2014

NESTA MANHÃ


Hoje, como de costume, acordei bem cedinho, a fim de ver o dia clarear com seus sons e bailados de luzes que sempre me parecem únicos, e aí, como não poderia deixar de ser, coloquei-me a escrever e o tema escolhido nesta manhã foi:
- Faço tudo que desejo?
Parece bobagem, mas vez por outra, todos nós deveríamos nos fazer esta pergunta, até porque seria uma oportunidade para avaliarmos nosso grau de empenho pessoal em nos satisfazer e também a nossa capacidade de encarar os entraves que surgem a cada momento e que criam situações nas quais, por uma razão ou outra, não podemos ou nos convencemos que não vale a pena insistir.
Por outro lado, existem aquelas pessoas que nos levam a crer que vieram postar-se em nossos caminhos exatamente para dificultar os nossos planos, e aí, vamos aprendendo lenta e gradativamente a engolir em seco e seguir adiante, exercitando toda a nossa criatividade emocional, no controle de nossa frustração, frente ao bom senso de não perdermos tempo em discussões, alimentando qualquer ilusão de que estas pessoas em dado momento se sensibilizariam com nossos projetos, muito porque, a vivência vai aos poucos nos mostrando que sempre é uma tarefa inútil tentarmos mais do que três ou quatro argumentos, pois tais criaturas só tem em mente serem do contra.
Vamos lá, pense bem, com você já não aconteceu algo parecido?
Pois é, admitindo ou não, na realidade, você e eu, jamais faremos tudo que realmente gostaríamos, portanto, partindo desta premissa absolutamente incontestável, sorvo com imenso prazer cada conquista, cada instante onde posso exercer o meu poder de realização, jamais lamentando a respeito das dificuldades para alcança-lo e muito menos me esquecendo de tudo e de todos que se não colaboraram comigo, também não dificultaram e, então, aproveito com satisfação e coloco nos percentuais dos ganhos de minha vida que, cá pra nós, foram sempre muitos.
Hoje, por exemplo, eu gostaria de ser muito rica para ter um jatinho particular para tão somente poder dar um pulo lá em “Belzonte”para dar um grande abraço na ex-funcionária que se tornou uma fiel amiga através de longos 30 anos, chamada Lázara Matias, que generosamente me ofereceu nesta manhã um poema de Gabriel Garcia Marques, fazendo o meu amanhecer mais brilhante e me levando a crer que a vida, independentemente das perdas e das decepções, das dificuldades e das frustrações que provocamos ou nos são impostas, jamais deixará de ser surpreendente, porque  sempre existirão pessoas como  ela que nos lembrarão a cada instante, que a vida é bonita, é bonita e é bonita.
Uma feliz Páscoa com um enorme beijo no coração para cada um que se dispor a ler meus escritos, nesta manhã de vida e liberdade.




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