sábado, 2 de março de 2013

UNIVERSALIDADE...rio abaixo.



Acordei  e imediatamente corri para o computador para registrar os pensamentos que povoaram o meu sono, não  na criação de pesadelos, mas na forma de análise intuitiva  e avaliativa de proposições que veem desvirtuando os conceitos mais antigos e , portanto, tradicionalmente aceitos e comprovadamente responsáveis pela preservação de algumas instituições públicas que sempre representaram o sustentáculo equilibratório do sucesso e do desenvolvimento sócio econômico de qualquer sociedade, defendidas em seus propósitos fundamentais por cientista e filósofos da humanidade, desde os primórdios da elaboração de sistemas políticos onde a universalidade, fosse a base estrutural de preservação de todo e qualquer interesse individual.
Penso então, que o médico, o jurista e o professor deveriam ser os pilares de toda e qualquer sociedade, uma vez que cada qual no desenvolvimento de seus  conhecimentos, amparados e estimulados nos seus princípios éticos, manter-se-iam como  margens contentoras e seguras  aos interesses mais cruciais de seus cidadãos.
Lendo-se a história da humanidade, mesmo para mim que nada mais sou que um simples aprendiz, pode-se perceber que esta foi uma árdua tarefa que inclusive, levou ao martírio muitos dos defensores da crença lógica de que o bem comum precisa ser preservado a qualquer preço, o que tem sido em parte conseguido, pelo menos, em locais onde o desenvolvimento educacional se tornou expressivo em meio aos seus cidadãos.
Fora isto, o que se tem constatado em proporções absurdas, é um atraso cruel, que joga por terra, através de manipulação sócio emocional, os direitos individuais que em sua somatória, tem soterrado os direitos da coletividade sem que esta, verdadeiramente se dê conta da gravidade de seu próprio flagelo.
A violação sistemática dos valores mais do que vivenciados e aprovados nos seios das mais rígidas sociedades mundiais, afronta de forma indelével, povos que ainda vivem arremedos do que denominam como DEMOCRACIA.
Falar-se em direitos humanos em países como o Brasil, onde o despropósito de valores e posturas político social desce rio abaixo a cada instante, é no mínimo, escarniar com toda e qualquer capacidade avaliativa que advém além da observação in loco, também da busca incessante de um aperfeiçoamento da questão da humanização entre estes dois aspectos que, afinal, deveriam andar juntos em prol de um desenvolvimento sustentável e, portanto, real e consistente como ocorre em alguns países deste mundo, onde se encontrou o equilíbrio entre o público e o privado.
Ao pensar-se no por que, desta imensa dificuldade de um povo em identificar tamanha distorção, pensa-se imediatamente, no pífio sistema educacional que abastece cada mente em sua individualidade e percebe-se de forma clara, a mão doentia, estúpida e grosseira do atavismo cultural, atravancando toda e qualquer inserção progressista, onde o homem e seu bem estar possam ser as verdadeiras estruturas de sustentabilidade de um crescimento, pautado no respeito ao universal, justo porque o universal é limitado a núcleos pequenos e determinados, geralmente por outro grupo cujos interesses se restringem aos limites de suas ganâncias pessoais, percebendo-se ao longo da história que em épocas variantes, esses grupos se mantiveram fiéis na infidelidade de permanecerem circulando e apoiando a qualquer um, que atenda os seus próprios interesses em detrimento de uma coletividade cada vez mais atávica e estúpida, já que é conduzida a não enxergar e o pior a não contestar, se por acaso enxergar, o absurdo de sua escravização, como um ser nulo, submisso a meia dúzia de mequetrefes, em sua maioria com também pífia instrução de valores e sentimentos, que decidem a cada instante, o destino de muitos.
Penso na recorrência deste fato mundo à fora, invejando os povos que conseguiram superar pelo menos em grande parte, a tendência natural, mas não menos cruel que se traz como estandarte de sobrevivência , sobrepondo-se a lógica de uma racionalidade que automaticamente os coloca no diferencial em relação a todo e qualquer outro animal, evitando assim um abismo incomensurável entre o homem e da sua capacidade em olhar e vivenciar o todo como um verdadeiro ser humano
Neste instante, posso ouvir os pássaros que chegam de outras paragens para dividirem entre si as seivas deste espaço que chamo de meu. Apreciá-los em suas benditas liberdades de irem e virem, buscando tão somente os seus quinhões, sem ingerirem mais do que lhes é necessário, faz de mim uma pessoa que observa e aprende observando, deixando-se imaginar viver em uma sociedade mais justa, onde o individual é preservado sem que o coletivo seja danificado.
Quando o sol, já estiver à pino, meus pássaros se dispersarão, deixando o meu quintal mais rico e produtivo, graças a magia da interatividade do dar e receber, princípio básico da ética do bem conviver.
Que neste sábado seja repensado os valores que se perdem a cada instante, pela falta de disposição individual de frear-se os estímulos do egoísmo e da cegueira político- social, que vem nos assolando, neste pequeno espaço de terra, cercado de agua por todos os lados e que, aprendemos na escola a  chamar de ilha e que em dado momento, recebeu o nome de Itaparica e que em momento algum deixou de ser na sua geografia abençoada, um paraíso, mas que os mais espertos insistem em transformar em seus principados de arrogância e poder, sobrepujando com toques de falsa bondade e tendo como estandarte um “Deus” de discursos e mais nada, um povo humilde, submisso e absolutamente refém.
Onde estão os chiques, os sábios e os entendidos, onde estão os bravos defensores da justiça Social, ora tão destruída?
Onde estão os paladinos das falácias dos palanques de campanhas?
Onde estão os juramentos, as promessas e as ações?
Justiça social constrói-se e mantem-se, através do permanente diálogo, entre o lógico e o humano.


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