Somos pessoas muito complicadas, pois estamos
permanentemente em conflito entre o que falamos, que nem sempre é o que estamos
pensando, e muito menos o que fazemos, e ainda assim, acreditamos piamente que
somos honestos, íntegros e etc...
Que coisa, heim!!!
E não adianta achar que sou exagerada, afinal, se fossemos
esta cocada toda que apregoamos por todo tempo, através principalmente do que falamos,
o mundo e a convivência desta humanidade com ele (mundo), certamente estaria
muito melhor e em alguns aspectos que adoramos fantasiar com frases feitas e refrãos
adocicados, nos salões e redes sociais, aí sim, estaríamos vivendo em meio à
perfeição.
Pelo menos, somos desejosos e sabemos exatamente como
deveríamos agir, mas o porquê de não o fazermos, bem...
Este é o enigma mental que nos torna seres incoerentes, pois
sabemos como deveria ser, mas insistimos no contrário, geralmente infernizando
a nós e ao tudo que nos cerca, mas e daí, não é mesmo?
Não seria a vivência uma enorme peça teatral, onde nós os
artistas em cena devemos apenas seguir o roteiro?
Não serão todas as experiências, ensaios de uma comissão de
frente que se diferencia apenas pela pirâmide social?
Buscamos parecer diferentes frente ao absurdo, mas não
resistimos e na hora H, agimos no mínimo como folhas mortas, sem alma e vontade
própria, nos tornamos iguais ao que cremos ser o nosso igual numa cumplicidade
inconsequente, diante do que havíamos condenado com a nossa eloquência.
Forço-me a pensar nisso, sempre que levanto bandeiras em
defesa do social.
Afinal, como conciliar pensamento, ação e eloquência e ainda
permanecer em sociedade?
Coisa de louco, sô!!!
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