quinta-feira, 28 de março de 2013

Maravilha!



São 18 horas e acabei de chegar da praia, tomei um banho morno e já estou aqui, querendo muito contar para vocês mais esta espetacular experiência de vida que fui agraciada no dia de hoje.
Depois do programa Show da Manhã, na Tupinambá FM, fui com Josy, Eduardo, Roberto e, na parte da tarde, também com o Felipe, correr as ruas, becos e vielas de Itaparica com a única tarefa de entregar as 33 cestas (550 Kg) de alimentos básicos que nos foram oferecidas por 120 lindas criaturas que, mesmo sem maiores programações, decidiram fazer a diferença para algumas famílias nesta páscoa.
Pois bem, depois de cinco horas de idas e vindas, sob um sol abrasador, tentando, muitas vezes em vão, encontrar as pessoas indicadas, só conseguimos entregar 19 cestas, ficando as outras para serem entregues no próximo sábado.
Bem, mas isto não é problema, pois o melhor de tudo é a grandeza da busca e o prazer do encontro, além do imenso e incomensurável aprendizado de vida, onde o parâmetro maior é a certeza de que somos, em todos os aspectos, pessoas abençoadas.
Quando adolescente, minha mãe colocou-me aos sábados para frequentar a mocidade espírita Alan Kardec e, semana após semana, fui aprendendo nas reuniões que antecediam às visitas aos hospitais, asilos e creches, a compreender a importância de não viver e crescer alienada, acreditando que meu universo de garota de Ipanema que tudo tinha e nada faltava, era o mesmo para todos os demais.
Penso, então, neste instante em que relaxo escrevendo que, certamente por esta razão, me sinta serena e em absoluta paz, agradecendo a Deus por ele ter sido tão generoso comigo por todo o tempo, ao ponto de crer que, não preciso de mais nada, além do que já tenho e ainda por cima, me sentir acanhada por ele continuar me brindando incansavelmente através de abraços fraternos, sorrisos acolhedores e muitas lágrimas de pura emoção que me foram oferecidos, neste dia bendito.
Penso também que trabalhamos e estudamos com o único intento de sermos felizes e nos esquecemos nesta labuta diária que, para sermos, precisamos encontrar a plenitude de extrair de cada milionésimo de segundo, o melhor de nós mesmos, em um ourivamento pessoal sem tréguas, pois, afinal, nada sabemos, tudo se renova e a vida é tão somente uma escola sem livros, com uma tenaz caneta que registra e imprime no perfil de nós mesmos, todas as passadas garimpadas  e devidamente ourivadas.
 Pense nisto, antes de reclamar tanto, achando que possui tão pouco. 

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