Como de hábito, acordei nesta manhã pensando em escrever sobre algo que me fosse relevante e logo surgiu em minha mente, a ingratidão. Corri buscando auxílio no Aurélio, afinal, além de ser um adjetivo muito difundido, desejei saber a extensão de seu real significado.
Depois de ler, confirmei minha suspeitas de que um ser ingrato é todo aquele que não sabe reconhecer os benefícios recebidos.
E aí, pensei imediatamente, no quanto somos todos em algum momento, pobres de alma o suficiente para virarmos as costas a um ato de amor, solidariedade e desprendimento que outro alguém foi capaz de nos oferecer.
Pensei na vida, que nos estreita e, no quanto, com ela somos cruéis. Quando dela não nos esquecemos, certamente tentamos destruí-la com a nossa indiferença, pouco caso ou agressão.
E aos pais, amigos e etc e tal?
Somos capazes de trair, mentir e abandonar.
Somos capazes de escarnear, difamar, esquecer e até mesmo matar este alguém que em algum momento ou por quase toda uma vida, nos estendeu a mão ou simplesmente a nós se doou.
Somos insignificantes frente a grandeza do poder do reconhecimento, porque somos imediatistas, esquecidos e preguiçosos.
Porque somos humanos com lógica e sentimentos.
Não me sinto amarga ou alvo de alguma ingratidão, muito menos que arrependida, tento pedir perdão.
Sou tão somente uma Regina com acertos e muitos erros, tentando entender a complexidade emocional que norteia a própria vida, tirando muitas vezes as abelhas e os beija-flores da polinização dos benditos sentimentos, que estruturam os mais significativos instantes de vida.
Louvados, portanto, os pensamentos, as inspirações e os questionamentos que nos fazem refletir na busca de algum entendimento.
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